domingo, 2 de maio de 2010

Partidos se mobilizam para compor chapa petista em SP

Enquanto o PT aposta no "efeito Ciro Gomes" para esvaziar a candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo e, assim, ter o PSB na chapa que concorrerá ao governo de São Paulo, outros partidos aliados se movimentam para compor a chapa encabeçada pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). O PDT indicou o nome do ex-prefeito de São José do Rio Preto (PDT), Manoel Antunes, para ser candidato a vice-governador de Mercadante.

"O Manoel Antunes é o nome do PDT, mas vamos esperar que o Skaf não concorra neste pleito para definir a composição da chapa, enquanto isso caminhamos com as pré-candidaturas do Mercadante e da Marta (Suplicy ao Senado)", disse um petista.

Antunes, que já foi do próprio PSB, do antigo PFL (atual DEM), do PMDB, chegou a ser convidado pelo PT para disputar uma vaga a deputado federal nas eleições deste ano, mas optou pelo PDT, justamente para tentar se eleger à Câmara com menos votos. Em 2006, pelo PSB, obteve cerca de 64 mil votos e não conseguiu se eleger deputado federal.

Já para a disputa ao Senado, a situação da frente de partidos liderada pelo PT para tentar tirar o PSDB do governo também depende do PSB. O PT quer o vereador paulistano Gabriel Chalita (PSB) para compor com Marta, por avaliar que ele não tiraria os votos da ex-prefeita e ex-ministra, ao contrário do nome do PC do B, o também vereador de São Paulo Netinho de Paula.

Esta semana, durante o lançamento do seu livro em parceria com o padre Fabio de Melo, Chalita teve uma conversa longa com Mercadante, segundo relato do próprio senador. "Conversamos sobre várias coisas e falamos também sobre política", desconversou Mercadante. "Mas o nome do outro candidato ao Senado deve mesmo ficar entre o Chalita e o Netinho", concluiu.

Skaf

Já Skaf contestou o processo para que sua candidatura seja sepultada e, também em visita à Agrishow, na cidade do interior paulista, indagou quem do PT apostaria na inviabilização do seu nome como candidato do PSB. "Quem fez a aposta? É uma aposta anônima e isso não vale", afirmou o presidente da Fiesp, que garantiu: lançará a pré-candidatura ao governo paulista em meados de maio, em um encontro do PSB.

Skaf voltou a ironizar o PT, disse que a chance de o PSB apoiar o partido "é igual à do PT apoiar o PSB e a chance de eu ser vice do Mercadante é idêntica à de ele ser meu vice". Afirmou ainda que as coligações só serão definidas em julho e considerou que seu tempo na propaganda eleitoral gratuita, de "2 a 3 minutos" é muito bom. "O PT terá mais de 3 minutos e o PSDB de 5 a 6 minutos", concluiu Skaf. Na Agrishow, Skaf teve tempo ainda para profetizar: "Aqui está passando o futuro governador do Estado." (Brasília em Tempo Real)

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