No primeiro trimestre deste ano o Pará teve a maior geração de empregos formais dos últimos dez anos, considerando o mesmo período
No primeiro trimestre deste ano o Pará teve a maior geração de empregos formais dos últimos dez anos, considerando o mesmo período. Foram 65.886 admissões e 59.253 desligamentos, gerando um saldo positivo de 6.633 postos de trabalhos com um crescimento de 1,16% no emprego formal. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em pesquisa divulgada nesta quarta (12), que apresenta outros resultados positivos para a economia paraense.
O Mapa elaborado pelo Dieese mostrou também o grande peso dos 51 maiores municípios paraenses - acima de 30 mil habitantes -, responsáveis por quase 95% do total de empregos formais no Estado nos doze meses analisados. No Pará como um todo, houve um saldo positivo de 25.672 postos de trabalho - destes, 24.348 nos 51 maiores municípios - e crescimento de 4,73%.
Entre abril de 2009 e março de 2010, os setores que mais geraram empregos formais foram o extrativo-mineral, com crescimento de 15,03% e um saldo positivo de 1.479 postos de trabalho, seguido pelo de construção civil, que cresceu 14,1% e teve saldo positivo de 6.477 postos de trabalho e o comércio, com 5,23% de saldo positivo e novos 7.738 empregos.
O Mapa do Emprego Formal também atestou que em março deste ano o Pará voltou a apresentar saldo positivo de empregos formais na comparação entre admitidos e desligados, o que expressa uma retomada da economia que vem desde o segundo semestre de 2009, logo após a crise econômica mundial. Neste mês foram feitas em todo o Estado 22.582 admissões contra 21.832 desligamentos, gerando um saldo positivo de 750 postos de trabalhos no Setor Formal da Economia, com um crescimento de 0,13% no número de postos em relação a fevereiro.
Perspectivas - O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, diz que os números confirmam as perspectivas do governo e mostram a confiança de que os investimentos públicos em infraestrutura, habitação e saneamento têm força para induzir e articular investimentos privados, gerando emprego e renda. Ele frisou que as perspectivas para o período entre 2011 e 2014 são ainda melhores, porque são esperados investimentos públicos e privados de mais de R$ 100 bilhões, com a geração de 140 mil novos empregos.
Célio Bordallo, diretor de Trabalho e Emprego da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Seter) atribui o crescimento de emprego ao aquecimento da economia proporcionado pelos projetos do setor privado e pelas obras de infraestrutura do Governo do Estado. "Não é surpresa esse aumento de emprego, porque a governadora Ana Júlia trabalha com um Fórum de Competitividade - formado por representantes de trabalhadores e governo - que toma medidas para o desenvolvimento da economia paraense e o aumento de emprego no Pará estava previsto desde o início deste ano", observou.
Destaques - O destaque nos números levantados pelo Dieese fica por conta da Região Metropolitana de Belém, responsável por 11.787 dos 25.672 postos de trabalho gerados em todo o Estado no período de um ano analisado, ou seja, 46% do total. Marabá também apresenta um bom desempenho, graças aos investimentos em infraestrutura e o crescimento econômico do município: houve um saldo positivo de 3.030 postos de trabalho entre abril de 2009 e março de 2010 e de 639 no primeiro trimestre deste ano.
Com a chegada da siderúrgica Alpa e a sua influência positiva na economia local, além de outros grandes projetos, a perspectiva é de que Marabá tenha um grande surto de crescimento nos próximos anos.
O Dieese também aponta uma boa perspectiva para o crescimento do emprego formal em 2010. O estudo afirma que se o Pará acompanhar a previsão de 5,5% de crescimento nacional, é possivel chegar ao final de 2010 com algo em torno de 30 mil postos de trabalhos gerados. Os setores da construção civil, a indústria e serviços e comércio são os mais promissores. Por fim, o Mapa do Emprego Formal lembra a importância da qualificação da mão-de-obra para suprir esse crescimento econômico, o que o Governo Popular incentiva através de programas próprios como o Bolsa Trabalho e o aumento de unidades e vagas nas escolas técnicas e também em parceria com o governo federal, como acontece em relação ao Projovem. (Secom)
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