domingo, 2 de maio de 2010

Portas abertas para o transplante de medula

O novo serviço de coleta automatizada de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília, que começou a funcionar nesta quinta-feira (29), poderá facilitar a implantação do sistema de transplante de medula óssea na rede pública do DF. É o que garante a diretora da fundação, Maria de Fátima Brito Portela. Segundo ela, a aférese, como é conhecido o procedimento que separa componentes sangue – plaquetas, hemácias e leucócitos – irá garantir qualidade do material colhido e transfundido para aqueles que necessitam de elementos específicos do tecido humano.

Pacientes com leucemia (câncer no sangue), por exemplo, serão bastante beneficiados com a agilidade e rapidez na coleta, separação e transfusão dos componentes da medula. Assim acontecerá com os politraumatizados e imunodeprimidos (com baixa imunidade). Pacientes que fazem quimioterapia também terão a oportunidade de receberem doações de sangue com qualidade e quantidade de hemocomponentes adequados.

Duas máquinas realizarão o procedimento. Juntas, possuem capacidade para atender dois doadores ao mesmo tempo. A doação dura no máximo duas horas e pode variar. A expectativa de atendimento do Hemocentro é de oito a dez doadores por dia. O procedimento é realizado com segurança para o doador e profissional, todo o material utilizado é descartável, não havendo risco de contaminação. Além disso, o sangue não entra em contato com a máquina e depois de filtrado, parte dele volta para o doador.

De acordo com a diretora do Hemocentro, a nova coleta é mais rigorosa do que a normalmente realizada. “A avaliação tem outros requisitos que nos garantem um padrão de excelência nos resultados”, afirmou.

A idade continua acima de 18 anos, mas o peso mínimo é de 60 kg, sendo os homens preferencialmente escolhidos. Pessoas com os chamados sangues raros, como O negativo, também têm prioridade para doação. Já mães com mais de dois filhos não são aconselhadas a realizar este tipo de doação por já possuírem anticorpos.

A médica avalia que um concentrado de plaqueta colhido pelo novo procedimento equivale a seis doações do mesmo componente do sangue filtrado pela doação comum. “Neste caso, nossa meta não é aumentar o estoque, mas garantir uma melhor qualidade dos componentes colhidos”, concluiu. (Brasília em Tempo Real)

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