A governadora Ana Júlia Carepa e Fabrizio Guaglianone, do Conjove, após a oficialização da Semana do Jovem Empreendedor
"Acreditamos que o papel do Estado na economia é criar as condições jurídicas para o desenvolvimento da economia", afirmou a governadora Ana Júlia Carepa na mesa de abertura do 1º Líder Norte, evento promovido pelo Conselho Estadual de Jovens Empresários (Conjove), em parceria com o Sebrae-PA. Realizado no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o 1º Líder Norte integra a programação da Feira do Empreendedor 2010.
A governadora também sancionou a lei que inclui no calendário oficial do Estado a Semana do Jovem Empreendedor. O projeto de lei, de autoria do deputado estadual Joaquim Passarinho, foi aprovado pela Assembleia Legislativa e prevê um cronograma de debates e conferências destinadas a estimular o empreendedorismo entre a juventude.
Fabrizio Guaglianone, presidente do Conjove-Pará, ressaltou a importância da assinatura. "A força jovem empreendedora é a principal ferramenta para o sucesso de nossa caminhada rumo ao desenvolvimento com sustentabilidade", declarou.
A diretora superintendente do Sebrae, Cleide Tavares, falou sobre a importância do empreendedorismo jovem no país. Segundo ela, uma pesquisa nacional aponta que 51% dos novos empreendimentos são capitaneados por jovens. Eventos como o Líder Norte, disse Cleide Tavares, criam acúmulo de capital social entre os jovens empreendedores, com trocas de experiência e elaboração de uma plataforma estratégica para o desenvolvimento da economia local.
Modelo - Ana Júlia Carepa apresentou ainda os projetos de transformação do modelo de desenvolvimento implementado no Pará, partindo de uma economia basicamente exportadora de matéria prima em estado bruto, para uma economia industrializada. "Como mantermos um custo de R$ 250 milhões anuais somente com os hospitais regionais, sem a geração de riquezas no nosso Estado? Cabe, sim, ao Estado ser o indutor do desenvolvimento", reiterou a governadora.
Ela citou como exemplo desta capacidade de concertação do Estado a aproximação entre a empresa Vale e o Grupo Aço Cearense, para a implantação do projeto Aline, orçado em R$ 1,5 bilhão, que produzirá, no município de Marabá, aço galvanizado a partir do aço laminado pela empresa Alpa.
O novo modelo de desenvolvimento, segundo Ana Júlia Carepa, está sustentado na valorização do capital fixo, do capital humano e do capital social, por meio da infraestrutura de produção e logística, das redes de relacionamento e confiança existentes, que favorecem o ambiente para o desenvolvimento da economia e formação de mão de obra.
Estas ações se distribuem sobre o território a partir de três centros econômicos: a Região Metropolitana de Belém e os municípios de Marabá, no sudeste, e Santarém, no oeste. Nestes três polos, o governo investe em inovação, ciência e tecnologia, por meio de parques tecnológicos, distritos industriais e redes de transporte intermodal, que possibilitam a integração das regiões e a consolidação do crescimento econômico.
Acima da média - O governo, disse ela, está trabalhando ainda para garantir o aporte de investimentos públicos e privados que impulsionem a economia do Pará acima da média nacional. Segundo Ana Júlia Carepa, com o apoio do governo federal, o governo estadual garantiu a realização de obras importantes, como as eclusas de Tucuruí, a hidrovia Tocantins-Araguaia, mais de R$ 100 milhões em distritos industriais, o asfaltamento de rodovias, como a BR-163 (Santarém-Cuiabá) e a BR-230 (Transamazônica), a criação de três parques de ciência e tecnologia e o programa NavegaPará, entre outros.
Sobre os parques tecnológicos, a governadora citou o Laboratório de Eficiência Energética na Amazônia, Ceamazon, que desenvolve um projeto em parceria com o Sebrae para reduzir o gasto energético na cadeia da panificação, com aumento da produtividade. Ana Júlia Carepa disse ainda que os demais parques, em Marabá e Santarém, estão vinculados à universidade federal.
Ela destacou a criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) - um pleito do governo do Pará atendido pelo presidente Lula - e a ampliação da Uepa. "Ampliamos a Universidade do Estado do Pará, que mantém 21 núcleos em 15 cidades", informou.
Sobre o programa NavegaPará, a governadora disse que está levando internet livre a mais de 2 milhões de pessoas, além de criar áreas de internet livre em mais de 16 municípios e anunciar a instalação de 39 novos pontos em praças de Belém.
Formação - Outro ponto destacado foi o investimento em formação técnica, com a criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) e o financiamento de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado. Somente para o doutorado, disse ela, "já financiamos mais de 300 bolsas, contra uma quantidade pífia em governos anteriores".
"Estamos tirando do discurso para a prática a promoção da verticalização da indústria mineral no Estado", afirmou a governadora. "Por muito tempo se levantou, em campanhas eleitorais, esta bandeira. Contudo, somente com uma política consequente de indução ao crescimento econômico pudemos torná-la realidade", acrescentou. "O Pará é o segundo maior produtor de cacau do Brasil, e teremos pela primeira vez uma fábrica de chocolate em Medicilândia, na Transamazônica", citou.
Ana Júlia Carepa falou ainda sobre as mudanças na legislação para a superação dos passivos ambiental e fundiário, a criação da lei que estabelece o Programa Estadual de Ordenamento Territorial, combatendo a grilagem de terras e a violência no campo, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Licenciamento Ambiental Rural e o Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) em quase todo o Estado. (Levi Menezes - Secom)
sábado, 29 de maio de 2010
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