Em entrevista, Lula prevê vitória do PT e critica ONU
"Não vejo a possibilidade de que percamos as eleições," afirmou.
Em entrevista neste domingo ao jornal espanhol "El País", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse não ver possibilidade de o PT perder a disputa nas eleições presidenciais de outubro. "Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum disparate; o povo quer seguir em frente e não voltar atrás. Mas deixe-me dizer que não vejo a possibilidade de que percamos as eleições," afirmou.
Na reportagem, o "El País" elogiou a franqueza de Lula e disse que, por estar "em campanha eleitoral", aproveitou para "fazer propaganda de seu partido". O jornal destacou também as críticas "provavelmente injustas" feitas por Lula contra seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
"O milagre brasileiro começou com Cardoso, professor respeitado e um democrata exemplar que controlou as contas públicas e venceu a inflação," disse o diário espanhol.
Ao "El País", Lula destacou ainda que, se o Brasil mantiver a seriedade nas políticas fiscais e monetárias, além dos investimentos e controle da inflação, "terá tudo para se transformar em uma potência respeitada no mundo".
"Se a economia continuar crescendo entre 4,5% e 5,5%, em 2016 poderá se tornar a quinta economia mundial", afirmou o presidente.
ONU - O presidente brasileiro criticou ainda a "pouca representatividade" da Organização das Nações Unidas" e previu que o PT vencerá a eleição presidencial de outubro.
A ONU foi criticada no contexto das sanções que o Irã poderá sofrer por seu programa nuclear. "Quero esgotar até o último minuto a possibilidade de um acordo com o presidente do Irã para que ele possa continuar enriquecendo urânio, dando-nos a tranquilidade de que só vai utilizá-lo para fins pacíficos", disse.
Segundo Lula, a ONU precisa mudar "porque como está representa muito pouco". "Por que o Brasil não é um membro do Conselho de Segurança? Por que não a Índia? Por que não há nenhum estado africano?", questionou.
Lula tem viagem marcada para o Irã no final da próxima semana para discutir uma solução negociada com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que visitou o Brasil em novembro do ano passado. (Agência Estado)
domingo, 9 de maio de 2010
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