Tradicionais no segmento ouro, as “junior companies”, como são conhecidas as pequenas empresas de exploração e pesquisa mineral, já começam a olhar para o setor de minério de ferro e manganês. A mudança tem como pano de fundo a disparada no preço do insumo, que tornou viáveis economicamente alguns projetos antes descartados.
Sócio de uma empresa especializada em pesquisa e desenvolvimento de projetos de exploração mineral, a Ad Hoc Consultores Associados, Luciano de Freitas Borges conta que hoje as “junior companies” estão ativas na busca de minas de ferro e manganês. “O mercado está anêmico, precisando de ferro na veia”, brinca o executivo. Até por isso, ressalta, os geólogos estão trabalhando para suprir essa procura do mercado.
“Recentemente uma empresa comprou por US$ 25 milhões uma área de minério de ferro a 40 quilômetros de um porto, com 1,6 bilhão de toneladas descobertas por um sucateiro”, afirmou Borges, fazendo mistério sobre os envolvidos na negociação.
Borges reclama, no entanto, da falta de investimentos em pesquisa mineral no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) mostram que o Brasil respondeu por apenas 3% de todo os US$ 7,3 bilhões destinados à pesquisa mineral no mundo inteiro no ano passado.
Já o Chile representa 5% dos gastos totais nessa área. O país que mais investe em pesquisa é o Canadá, que gasta US$ 16%. O presidente do Ibram, Paulo Camilo, faz eco às reclamações do consultor. “Precisamos urgentemente de uma política de Estado com investimentos em levantamento geológico”, concluiu. (Agência Estado)
domingo, 2 de maio de 2010
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