O presidente dos Estadus Unidos Barack Obama, convida o presidente do Brasil Lula para um jantar reservado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou um texto, nesta segunda-feira (12), dizendo que "a ONU está perdendo credibilidade" e que a discussão em torno das armas nucleares no mundo deve ocorrer junto com uma reforma da organização. O chefe de Estado brasileiro está em Washington, onde participa de uma cúpula convocada pelo governo americano.
Segundo o Itamaraty, o texto serve como base para as intervenções de Lula. O presidente deve falar uma vez durante o jantar oferecido por Barack Obama aos representantes de 47 países, convidados a discutir a segurança dos arsenais nucleares do mundo. Lula terá direito a mais três intervenções ao longo das duas sessões plenárias com os líderes mundiais nesta terça-feira (13) em Washington, EUA.
O texto diz que "não podemos falar em segurança nuclear sem pensar em que tipo de governança global administra a segurança internacional no mundo de hoje. Nas áreas comercial, financeira e de mudança do clima, vemos progressos, com o estabelecimento de arranjos mais representativos para lidar com os desafios do mundo atual. Mas na área de segurança internacional isso ainda não vem ocorrendo. Persistem as estruturas e as regras de 1945."
"A ONU vem perdendo credibilidade. Ao não contar com um Conselho de Segurança mais representativo e com maior legitimidade - e cada vez mais descompassado com a realidade atual --, as Nações Unidas perdem espaço na governança da segurança internacional. Isso não interessa a ninguém", segundo Lula.
Veja o documento na íntegra.
O texto do presidente argumenta que o Brasil é um país pacífico, que apoia o fortalecimento de instituições multilaterais como a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e quer o fim de todas as armas atômicas.
Irã arrasta Brasil para discussão
Lula deve receber cobranças por conta da polêmica aproximação do Brasil com o governo de Mahmoud Ahmadinejad do Irã, que insiste em desenvolver um programa nuclear que desperta desconfiança nos países do Ocidente, como os EUA.
O objetivo da cúpula, segundo a própria Casa Branca, é arrancar de todos os países compromissos concretos para garantir a segurança de todos os materiais nucleares em um prazo de quatro anos, de modo que se evite que caiam em mãos de grupos terroristas ou de regimes hostis.
Oficialmente, a cúpula não deve se concentrar em uma ou outra nação em especial, mas os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã ganharão destaque natural no debate. Nenhum dos dois países foi convidado para reunião em Washington, e Obama aproveitará a cúpula para tentar obter apoio a um conjunto de novas sanções contra o programa nuclear iraniano. (DoR7)
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