sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pará bate recorde na geração de postos de trabalho formais

O setor econômico paraense tem o que comemorar no ano de 2010. Após a crise financeira mundial, que ainda influenciou bastante a economia até março de 2009, o primeiro trimestre deste ano é só crescimento. O resultado obtido pelo Estado em janeiro, fevereiro e março é o maior alcançado nos últimos dez anos. Saldo positivo no período passa de seis mil empregos.

Mês - De acordo com balanço realizado pelo Dieese/PA (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em março foram 22.582 admissões contra 21.832 desligamentos, gerando um saldo positivo de 750 empregos formais, o que representa crescimento de 0,13% em relação a fevereiro. Em março de 2009, o saldo de postos de trabalho foi negativo. Foram feitas 17.179 admissões contra 22.822 desligamentos, gerando um saldo negativo de 5.643 postos de trabalho, com um decréscimo de 1,03%.

A maioria dos setores apresentou crescimento no mês. Os destaques foram extrativo mineral, com alta de 1,18%; serviços, com crescimento de 0,50%; comércio, com 0,32%; e construção civil, com crescimento no emprego formal de 0,12%. Segundo os estudos do Dieese, o único Estado que não apresentou saldo positivo na geração de emprego formal foi o Amapá, com queda de 0,36%. Já o Estado de Rondônia obteve o melhor desempenho na região Norte, com crescimento de 1,64% e saldo positivo de 3.393 postos de trabalho.

Em todo o Norte foram 65.937 admissões contra 57.743 desligamentos, gerando um saldo positivo de 8.194 postos de trabalho, com um crescimento de 0,58% no emprego formal.

Trimestre - De janeiro a março, a economia paraense registrou 65.886 admissões contra 59.253 desligamentos, gerando um saldo positivo de 6.633 empregos formais, com alta de 1,16%. 'No mesmo período do ano passado a situação foi bem diferente. Foram 55.925 admissões contra 67.584 desligamentos, gerando um saldo negativo de 11.659 postos de trabalho e decréscimo de 2,11%', lembra o supervisor do Dieese, Roberto Sena.

'Diferentemente de anos anteriores, quando por efeitos sazonais os empregos formais no Pará, no primeiro trimestre, apresentavam oscilações com tendências e quedas, este ano a situação está totalmente diferente. O Estado apresenta crescimento recorde de empregos formais no primeiro trimestre', acrescenta o economista.

Ainda com base do estudo do departamento, o destaque do trimestre foi o setor extrativo mineral, que apresentou um crescimento de 7,15% e saldo positivo de 824 postos de trabalho; seguido da construção civil, com alta de 1,90%; serviços, com um crescimento de 1,88% e saldo positivo de 3.630 empregos; agropecuária, com acréscimo de 1,28%; comércio, com alta de 0,66%; serviços de indústria e utilidade pública, com saldo positivo de 28 postos de trabalho.

No mesmo período, a indústria de transformação foi quem apresentou o pior desempenho, com decréscimo de 0,52% e saldo negativo de 459 postos de trabalho. (ORM)

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