O preço do minério de ferro no mercado à vista poderá superar a marca de US$ 200 por tonelada nos próximos meses, à medida que a demanda das siderúrgicas chinesas continua forte e diante da expectativa de que ainda vai demorar um pouco para que haja importantes acréscimos às fontes de oferta da commodity.
A opinião é do diretor-gerente da mineradora australiana de médio porte Lincoln Minerals, John Parker. “Os preços do minério de ferro estão subindo diante da demanda bastante forte, principalmente oriunda da China. Atualmente, o custo do minério à vista naquele país é de US$ 180 por tonelada e eu acho que essa cotação pode muito bem ultrapassar a marca de US$ 200 no curto prazo”, disse Parker à agência Dow Jones.
Analistas acrescentam que a temporada de chuvas de monções na Índia, um importante fornecedor, deverá começar em 1º de junho e poderá reduzir a oferta proveniente do Estado de Goa, que responde por 40% das exportações totais do país. Parker disse que as mineradoras australianas podem estar operando perto do pico de suas margens de lucro neste momento, por causa do baixo custo de extração do minério em relação aos preços.
“Para a Lincoln, o custo da extração de minério está entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada, enquanto temos acordo com uma siderúrgica para 50% da produção a um preço trimestral de US$ 120 por tonelada, que ainda assim é muito inferior ao cobrado por mineradoras como Vale, Rio Tinto e BHP Billiton”, disse Parker.
Segundo o executivo, nos próximos dois ou três anos, os preços do minério de ferro no mercado à vista deverão flutuar na faixa de US$ 150 a US$ 200 por tonelada, já que novas fontes de oferta não deverão chegar ao mercado antes disso. “Nos próximos cinco a 10 anos, entretanto, pode haver excesso de oferta no mercado de minério de ferro, à medida que importantes projetos de mineração entrem em operação, o que deve pressionar os preços”, disse Parker. Ele afirmou, no entanto, que os preços não deverão cair abaixo de US$ 100 por tonelada no mercado à vista no longo prazo. “Nós não vamos voltar às mínimas de 2009″, disse ele. (Agência Estado)
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