Prefeitos exigem à Assembleia aprovação de empréstimo do BNDES

Os prefeitos durante a reunião com o presidente da Assembleia, Domingos Juvenil, cobram do Legislativo a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões

Quarenta e cinco prefeitos de municípios paraenses entregaram nesta terça-feira (20) uma carta ao presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Domingos Juvenil, pedindo "que paute na ordem do dia o projeto de lei, em caráter de urgência urgentíssima, dispensando os interstícios regimentais. E aos demais nobres deputados e deputadas, pedimos que aprovem o referido projeto".

O projeto em questão é de iniciativa do Executivo, e solicita autorização do Legislativo para que o Estado contraia empréstimo, no valor de R$ 336 milhões, de uma linha especial de crédito oferecida pelo governo federal, como forma de compensação pelas perdas decorrentes da crise econômica mundial de 2009.

O projeto está há meses na Alepa, mas ainda não tem data para ser votado. "A procrastinação é de interesse político. Nunca vi antes, nesta Casa, alguém empastelar a obtenção de recursos, que é um pleito de todo e qualquer governo", declarou o líder do Governo na Casa, Gabriel Guerreiro (PV).

O presidente Domingos Juvenil recebeu o documento e disse aos prefeitos que o leria em plenário e distribuiria uma cópia para cada parlamentar. A leitura da carta não aconteceu na sessão ordinária desta terça-feira. A Assembleia só volta a se reunir na próxima quarta-feira (28).

Juvenil propôs aos prefeitos que solicitassem ao governo do Estado o envio de uma mensagem à Assembleia, vinculando ao projeto original a destinação de um terço do valor do empréstimo a todas as prefeituras paraenses. "Se o governo fizer isto, fica muito mais fácil votar o projeto do empréstimo", garantiu Juvenil.

A proposta foi levada pelos prefeitos à governadora Ana Júlia Carepa, no final da manhã, que garantiu o repasse de um terço às prefeituras. "Creio que esta nossa mobilização perante o Parlamento dará resultado", disse o prefeito de Anapu, Francisco de Assis dos Santos Sousa, o "Chiquinho do PT". (Edir Gillet - Secom)