O Credit Suisse revisou as previsões de preços de minério de ferro, considerando o novo mecanismo de precificação e o aumento esperado para o aperto na relação entre oferta e demanda nos próximos meses.
A média de preços do minério de ferro brasileiro na base FOB (em que o cliente paga o custo e o frete necessários para que os produtos cheguem ao destino) será de US$ 122 a US$ 126 por tonelada métrica seca, o que significa alta de 113% a 120% em relação ao preço mais elevado do contrato (benchmark) de 2009. A estimativa anterior era de alta de 40%.
Para 2011, o Credit espera aumento de 6%, para US$ 129 a US$ 133 por tonelada métrica seca. A projeção anterior era de elevação de 15%, mas sobre uma base menor. O banco de investimentos elevou os preços-alvo da Vale e da CSN e retomou a cobertura de MMX. O preço-alvo para os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale foi elevado de US$ 36 para US$ 42.
Para a CSN, a expectativa passou de R$ 37 (considerando o pós-split, ou seja, após a cisão da Casa de Pedra) por ação para R$ 42 por papel. O preço-alvo projetado para a MMX é de R$ 21 por ação. Para os papéis das três companhias, o Credit reitera sua recomendação de outperform (acima da média). A nova projeção para a relação EV/Ebitda da Vale é de 4,9 vezes para 2010 e de 3,8 vezes para 2011.
Para a CSN, o banco estima 5,8 vezes em 2010 e 4,5 vezes para 2011. Os preços do minério no mercado spot chinês estão por volta de US$ 178 por tonelada métrica seca, considerando o teor de 62% de ferro contido. O banco de investimentos espera novos aumentos de preços este ano devido às fortes chuvas que atingem a Índia em decorrência da estação das monções, de meados de maio a meados de setembro, que podem ter impacto nas exportações da matéria-prima pelo país.
A alta estimada decorre também do crescimento dos embarques para os consumidores exceto China, o que reduz a disponibilidade do minério transoceânico para os chineses. O Credit avalia que as mineradoras estão operando com 98% de sua capacidade em 2010. (Agência Estado)
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