A Vale entrega oficialmente ao governo do Estado hoje, às 10h30, o Sistema de Monitoramento de Incêndio (SMI), em cerimônia no Palácio dos Despachos, resultado de um convênio assinado no ano passado. O sistema possibilitará ao governo priorizar suas ações de combate a queimadas ilegais, melhorando a fiscalização do desmatamento no Estado, a principal causa dos focos de incêndios.
O sistema foi desenvolvido pela Vale para controle e combate a incêndios na Floresta Nacional de Carajás (Flona), uma área de 400 mil hectares de mata conservada no sudeste paraense. Desde que foi implantada, em 2007, a ferramenta ajudou a empresa a reduzir significativamente a degradação ambiental na região.
O SMI é uma ferramenta de informação geográfica que oferece recursos automáticos para a geração de níveis de alerta, em tempo quase real, a partir das informações de focos de calor disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). A diferença para outros sistemas de monitoramento de focos de incêndio é que o SMI cruza as imagens do Inpe com uma base cartográfica que considera o uso e a ocupação do solo, a cobertura vegetal, o relevo e os dados climáticos. Com essas informações sobrepostas, o sistema produz o Mapa Dinâmico de Suscetibilidade de Incêndios - um mapa de riscos -, que indica se o foco de incêndio está em uma área de baixa, média ou alta sensibilidade ambiental, como uma unidade de conservação.
'O sistema permitirá que o governo priorize suas ações de combate e controle de incêndio, mandando equipes para combater focos nas áreas mais vulneráveis', afirma o gerente-geral de Tecnologia e Engenharia Ambiental da Vale, Cícero Lima. O SMI permite ainda produzir, de maneira rápida, mapas de apoio à logística das operações de campo, já que também é capaz de localizar vias de acesso, como rodovias e estradas vicinais, próximas ao foco de incêndio identificado.
Para implantar o sistema de monitoramento, a Vale disponibilizou para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema) softwares e hardwares completos, imagens de satélite recentes com cobertura de todo o Estado, bem como as bases espaciais necessárias à operacionalização da nova ferramenta. Além disso, a Vale treinou, no Rio de Janeiro e em Belém, técnicos da Sema que vão operar a ferramenta. O SMI foi desenvolvido pela Vale com a colaboração da empresa Hiparc Geotecnologias e do Centro de Climatologia da PUC de Minas Gerais. (Coluna Painel - ORM).
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