quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Goldemberg diz que reflorestamento é estratégia para gerar emprego e renda

Ana Júlia durante debate sobre meio ambiente em São Paulo: Goldemberg diz que Pará está no rumo certo em sua política de reflorestamento

Ana Júlia durante debate sobre meio ambiente em São Paulo: Goldemberg diz que Pará está no rumo certo em sua política de reflorestamento São Paulo - O pesquisador José Goldemberg, doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e especialista em produção de energia, encorajou os esforços da governadora Ana Júlia Carepa para a implantação de uma política de reflorestamento no Pará, com ações como o Programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, o Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento, a lei de regularização fundiária, o Cadastro Ambiental Rural, o Zoneamento Ecológico-Econômico, o Fórum Paraense de Mudanças Climáticas.

Ele defendeu a implantação de projetos de reflorestamento como estratégia para gerar emprego e renda e retirar carbono da atmosfera, contribuindo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Goldemberg participou do painel sobre economia da biomassa, no evento Diálogos Capitais - Na Rota de Copenhague, promovido pela revista Carta Capital e pela ong Elvolverde, nesta terça-feira, 13, em São Paulo, do qual a governadora Ana Júlia foi uma das debatedoras.

Ele manifestou seu entusiasmo com as ações do governo para garantir a promoção de negócios sustentáveis e de baixo carbono no Pará. "Essa atividade não exige tecnologia de ponta e cada hectare de floresta plantada sequestra pelo menos 100 toneladas de carbono, que pode ser vendido no mercado voluntário", disse Goldemberg, ao frisar que a atividade faz todo o sentido do ponto de vista econômico, levando em conta que na Europa a tonelada de carbono pode chegar a 20 euros. "Quando se queima a floresta estamos incinerando dinheiro".

O pesquisador defendeu ainda a produção de dendê no Pará, pois diferentemente dos grandes plantadores da palma, a Indonésia e Malásia, no estado o plantio é feito em áreas degradadas, sem necessidade de derrubar a floresta.

A governadora Ana Júlia falou ao público sobre as ações e políticas públicas do seu governo voltadas para o combate à pobreza e ao enfrentamento de temas históricos como o desmatamento e regularização fundiária. "Queremos transformar a nossa riqueza em qualidade de vida para a nossa população".

Questionada sobre a usina hidrelétrica de Belo Monte, a governadora disse que é favorável ao empreendimento, desde que seja precedido de um planejamento estratégico para os municípios impactados e que pelo menos 25% da energia gerada fique no Pará, para empreendimentos industriais no estado, conforme defendeu junto ao Ministério das Minas e Energia.

Sobre a exploração ilegal de madeira, a governadora disse que esse tipo de crime se combate com repressão e alternativas econômicas à população. Segundo ela, não basta identificar os autores de eventuais ilícitos, é preciso promover a regularização fundiária das áreas saqueadas, inclusive para criminalizar a atividade. "A regularização fundiária é um instrumento importante para combater os crimes ambientais". (Secom).

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