segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Incêndios: Vale transfere sistema de monitoramento

“O Pará é o Estado mais importante para a Vale”, afirmou o diretor executivo da companhia, Eduardo Bartolomeu que veio a Belém, ontem, especialmente para participar, no Palácio dos Despachos, da solenidade de entrega, pela Vale ao Governo do Pará, das ferramentas do Sistema de Monitoramento de Incêndio (SMI). A cerimônia foi presidida pela governadora Ana Júlia Carepa e contou ainda com as presenças dos secretários Maurílio Monteiro (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, e Rosemiro Canto (adjunto de Meio Ambiente), além de dirigentes da Vale e de empresas ligadas à indústria siderúrgica.

A declaração de Bartolomeu foi um reforço ao pronunciamento de Maurílio Monteiro. O secretário disse que a entrega das ferramentas do SMI ao governo tem uma importância que transcende o ato em si e demonstra que a Vale vem se tornando a parceira mais importante do governo em diversas ações voltadas tanto para o desenvolvimento.

Monteiro observou que as ações preconizadas em protocolo firmado há um ano estão saindo do papel e prometem revolucionar o controle das queimadas no Pará. “Foi acertado que a Vale transferiria a expertise que tinha na área monitoramento. Esses compromissos estão sendo cumpridos, dez técnicos do Estado já foram treinados, os computadores já foram comprados, as ferramentas estão prontas. Podemos dizer que estamos capacitados para operar o SMI”, informou o secretário.

O SMI possibilitará ao governo priorizar suas ações de combate a queimadas ilegais, melhorando a fiscalização do desmatamento, a principal causa dos focos de incêndios. O SMI foi desenvolvido pela Vale para o controle e combate a incêndios na Floresta Nacional de Carajás (Flona), um área de 400 mil hectares de mata conservada no Sudeste paraense. Desde que foi implantada, em 2007, a ferramenta ajudou a empresa a reduzir significativamente a degradação ambiental na região.

O SMI é uma ferramenta de informação geográfica e oferece recursos automáticos para a geração de níveis de alerta, em tempo quase real, a partir das informações de focos de calor disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

A diferença para outros sistemas de monitoramento de focos de incêndio é que o SMI cruza as imagens do Inpe com uma base cartográfica que considera o uso e a ocupação do solo, a cobertura vegetal, o relevo e os dados climáticos. Com essas informações sobrepostas, o sistema produz o Mapa Dinâmico de Suscetibilidade de Incêndios - um mapa de riscos -, que indica se o foco de incêndio está em uma área de baixa, média ou alta sensibilidade ambiental, como uma unidade de conservação.

PRIORIDADE
“O Pará é o Estado mais importante para a Vale. Temos 25 mil pessoas envolvidas nas nossas ações aqui. O Pará é o futuro da Vale. Minas Gerais e Espírito Santo são importantes, mas já estão ficando no passado. O grande ativo a que estão se dedicando é a floresta amazônica. A ação mais importante é o combate ao desmatamento. O SMI é um sucesso, como indicou a experiência em Carajás. Mas temos que ter gente habilitada”. Para reforçar a sua afirmação, Bartolomeu disse que o Pará é tão importante para a Vale que a empresa está transferindo toda a área de engenharia para Belém. Vamos trazer também o departamento ecológico”, disse o diretor da Vale, Eduardo Bartolomeu. (Diário do Pará)

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