O senador Mão Santa (PSC-PI), em pronunciamento nesta quinta-feira (1º), elogiou o PSC, partido ao qual se filiou depois de sair do PMDB, afirmando que a nova legenda, que tem como slogan "fé, ética e democracia" e como programa "a promoção do homem", é de "origem muito pura".
- Quero dizer que vim para este partido para ficar - afirmou o senador, acrescentando que embora o partido seja pequeno em seu estado, o Piauí, é possível torná-lo grande.
Mão Santa voltou a comentar sua saída do PMDB, dizendo que o partido, hoje, "não é mais aquele". O senador citou os nomes dos políticos que participaram da construção do partido ou o integraram, como Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela e Tancredo Neves.
- [O PMDB] Não é aquele de Ulysses Guimarães, que, em 1974, com coragem, se lançou candidato a presidente da República sem nenhuma chance. Foi chamado o anticandidato porque a eleição era indireta, no Congresso, e ele sabia, de antemão, que era minoritário. Mas, com a sua coragem, usou aquela oportunidade para falar ao país, para inspirar o país a acreditar na redemocratização - lembrou.
Mão Santa disse ainda que o PMDB deixou de lançar candidaturas à Presidência da República, recusando vários expoentes da política nacional, como Roberto Requião, Itamar Franco, Anthony Garotinho, Germano Rigotto, Pedro Simon e Joaquim Roriz, em épocas e situações diferentes. Para o senador, não restam dúvidas que o PMDB "foi cooptado pelo governo, pelo Partido dos Trabalhadores".
O senador disse ter percebido que a facção do PMDB ligada ao governo do PT no Piauí e ao PT nacional "ficou mais forte", o que lhe tiraria a chance de concorrer à reeleição para o Senado.
- Então, não era legítimo eu deixar que o meu mandato, que pertence ao povo do Piauí, fosse decidido por uns poucos - declarou, ressaltando que seu desligamento da legenda foi "por justa causa e por coerência".
Na presidência dos trabalhos, o senador Paulo Paim (PT-RS) desejou boa sorte ao colega. (Agência Senado).
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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