A Vale fechou parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro para patrocinar a restauração da estátua do Cristo Redentor. Em nota, a empresa diz que o compromisso prevê ainda a manutenção e conservação da estátua e da área do platô pelos próximos cinco anos.
A assinatura do acordo acontece hoje na sede da Vale, com a presença do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta e do diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli.
A restauração está planejada para começar ainda em janeiro e deve durar até maio ou junho de 2010.
Não haverá interrupção da visitação durante este período.
Porém, por motivos de segurança, o monumento será coberto por uma tela transparente. Para determinar as intervenções necessárias para o completo restauro da estátua de 30 metros de altura, foi realizado um estudo minucioso.
Foram detectadas perda do mosaico de pedra sabão que reveste a estátua, algumas pequenas rachaduras, desnível de rejuntes e alguma manchas de umidade. São problemas superficiais e que não comprometem a estética do monumento, mas que demandam cuidados para que não evoluam para danos maiores.
O diretor de comunicação da Vale, Fernando Thompson, explica o porquê de a mineradora investir neste patrocínio:
- Este é um projeto carioca, porque o Cristo está no Rio; brasileiro, porque ele é um símbolo nacional; e mundial, porque o Cristo foi reconhecido como uma das Sete Maravilhas do Mundo. Nada mais natural do que a Vale, que é uma empresa brasileira, global e reconhecida como líder mundial de minério de ferro, se associar ao Cristo. Queremos trabalhar esta brasilidade vencedora globalmente - explica ele.
Sempre objeto de polêmica, a estátua do Cristo foi inaugurada em 1931, depois de cinco anos de obras. Com 30 metros de altura e mais oito metros de pedestal, ele está localizada a 709 metros acima do nível do mar, no topo do Morro do Corcovado. O autor do projeto do Cristo foi o engenheiro Heitor da Silva Costa, porém o desenho final da estátua é de autoria do artista plástico Carlos Oswald. As mãos e a cabeça do monumento foram esculpidas pelo artista francês Paul Landowski, cujos herdeiros disputam desde sua morte, em 1961, os direitos autorais da obra, com a Arquidiocese do Rio e a Prefeitura da Cidade.
Para garantir o direito à gestão da área, a Mitra argumenta que recebeu a estátua de presente da União, em 1934, enquanto a Prefeitura acredita tratar-se de um símbolo da cidade, sendo patrimônio histórico do Rio de Janeiro.
De qualquer forma, luta com unhas e dentes para (e, com freqüência, consegue) proibir o uso do cartão-postal do Rio em outdoors e em campanha publicitárias, exceto apenas em propagandas institucionais (do município, do Estado ou do Governo Federal) ou de turismo. (Monitor Mercantil)
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