terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vale concluirá auditoria s/ reservas de óleo e gás na próxima semana

A Vale concluirá na próxima semana auditoria sobre suas reservas de óleo e gás, com base nas descobertas já efetuadas nas áreas exploratórias em que detém concessão. A informação foi dada há pouco em nota à imprensa, na qual a companhia responde aum comentário publicado na coluna Radar, da última edição da revista Veja.

A revista diz que a companhia teria desistido da exploração do bloco BM-S-4, cuja concessão detém juntamente com a italiana Eni, e que já teria decidido devolvê-lo à Agência Nacional do Petróleo (ANP), após investir US$ 200 milhões. A empresa informou que “está mantendo reuniões com a ENI, operadora do bloco, para analisar os resultados do poço” perfurado no local.

“O poço, denominado Belmonte 3 objetivou avaliar a extensão e o potencial de uma jazida de gás descoberta pela ENI, que havia perfurado outros dois poços na área, todos com presença de gás. O poço Belmonte 3 atingiu reservatórios portadores de gás, conforme previsto”, informou a companhia, destacando que a “decisão de mantê-lo no portfólio ou devolvê-lo, quando tomada, será comunicada à ANP, como previsto no contrato de concessão do bloco, vigente até março de 2010″.

Segundo a Agência Estado apurou junto a fontes do setor, o contrato para este bloco previa a perfuração de até quatro poços, sendo três obrigatórios. A empresa pode optar por fazer o
quarto furo, o que aumentaria o seu prazo para decidir pela área. Mas fontes que tiveram acesso aos dados geológicos acreditam que as características do poço não são animadoras, o que deve levar às empresas a realmente devolvê-lo para a agência reguladora.

Situado ao lado do campo de Mexilhão, da Petrobras, o bloco havia sido arrematado pela italiana Eni na primeira rodada da ANP, em 1999, por um bônus de US$ 135 milhões, que permaneceu recorde até 2007, quando o grupo Eike Batista superou o valor da oferta. A área tinha seu prazo de avaliação vencendo em agosto do ano passado, mas a ANP prorrogou o prazo final para janeiro de 2011. Este prazo, no entanto, seria encurtado para março de 2010, caso as empresas decidissem suspender a perfuração do quarto poço.

A área em que o BM-S-4 está localizado pertence ao zoneamento do pré-sal feito pelo governo e sobre o qual passarão a vigorar as novas regras de partilha previstas pelo marco regulatório que está sendo discutido no Congresso Nacional. (Agência Estado)

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