terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Em meio a anúncio de aquisição da Fosfertil, bancos avaliam impacto para Vale

SÃO PAULO – A Vale (VALE3, VALE5) anunciou na última sexta-feira (15) ter ofertado US$ 3,8 bilhões pela participação total de 42,3% da Bunge no capital da Fosfertil (FFTL4), bem como em outros bens da Bunge fertilizantes no Brasil.

O anúncio despertou otimismo nos analistas do Bradesco, os quais afirmaram que “é possível a Vale também comprar a participação da Yara e da Cargill [acionistas minoritários da empresa], uma vez que faz todo o sentido para a Vale ter a integralidade da Fosfertil”. Além disso, acreditam que a mineradora poderia fazer uma oferta pública pelas ações da companhia a um preço “próximo do atual”.

Possível "time dos sonhos"
Outro destaque na visão do banco é a disponibilidade para compra das minas de fertilizantes da Anglo American no Brasil, que, somada à possível compra da Fosfertil e à aquisição de ativos da Rio Tinto, possibilitaria à Vale “conseguir o seu time dos sonhos no negócio de fertilizantes”.

Adotando um viés menos positivo, os analistas do Citigroup creem que a aquisição da Fosfertil “não seria grande o suficiente para ter impactos significativos” em seu modelo de avaliação quanto ao desempenho das ações da Vale. "[A aquisição] não dá sinal de um retorno da Vale às grandes fusões e aquisição", afirma o banco.

Recomendações
O Bradesco estima que os papéis da Vale terão uma "alta performance" no decorrer do ano, projetando um preço-alvo de $ 64,50 por ação ordinária para o final de 2010, e de R$ 55,30 para as preferenciais classe A.

Além disso, os analista, que julgam a expansão da companhia no setor de fertilizantes “muito positiva” no médio e longo prazo, não acreditam que o impacto da aquisição no Ebitda (geração operacional de caixa) vá ser muito significativo, dado que o “Ebitda da Fosfertil para 2010 é inferior a 3,2% da Vale” .

Já o Citi mantém sua recomendação de compra para a Vale, atrelando um risco médio aos seus papéis. Na visão do banco, o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) é de US$ 32,00. (Equipe InfoMoney)

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