O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz esse ano sua última visita como chefe de Estado ao Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos, onde uma homenagem da elite mundial o aguarda. A homenagem vem de um grupo que hoje celebra o êxito de seu governo, mas que antes o olhava com desconfiança e suspeita por seu passado sindical quando chegou ao poder em 2003.
Lula receberá na próxima sexta-feira um prêmio especial ao "chefe de estado global" criado pelo Fórum para sua 40ª edição que começa quarta-feira na estação de esqui exclusiva do leste da Suiça. "Para marcar o quadragésimo aniversário, o Fórum Econômico Mundial entregará um prêmio especial para o chefe de estado global em Davos. O prêmio honrará o líder político que utilizou seu mandato para ajudar no desenvolvimento mundial", assinalou o Fórum ao ser consultado sobre o tema pela AFP.
"O ex-secretário geral da ONU Kofi Annan entregará esse prêmio, em nome do conselho diretor do Fórum Econômico Mundial, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de janeiro", acrescentou.
Ao falar sobre a escolha do presidente brasileiro, o professor Klaus Schwab, fundador do Fórum, falou que Lula "demonstrou um verdadeiro compromisso com todos os setores da sociedade".
"Este compromisso foi feito com um crescimento econômico integrador e justiça social. Lula é um modelo de chefe de estado global", disse Schwab.
No governo de Lula, o Brasil registrou altos níveis de crescimento na década passada e foi um dos países que resistiu com mais facilidade à crise econômica, ao ser uma das últimas nações a ser afetada pelas suas consequências e uma das primeiras a sair dela.
Em 2010 sua força voltará a cair, já que enquanto as economias da América Latina crescerão em média 3,4% - em comparação com uma queda de 2,1% em 2009 - a brasileira crescerá 4,5% -, entre 5 e 6% segundo Brasília.
A este crescimento econômico, Lula pode acrescentar o posicionamento a nível internacional que desenvolveu para o país, permitindo que ele assumisse um papel importante no G20 ou em negociações como a Rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a das mudanças climáticas.
A 40ª edição do Fórum de Davos terá como grandes objetivos a reconstrução do Haiti, a reforma do setor financeiro e a crise social decorrente da recessão.
Além de Lula, a América Latina estará representada pelos presidentes mexicano, Felipe Calderón, e colombiano, Alvaro Uribe.
O presidente espanhol José Luis Rodriguez Zapatero, cujo país exerce atualmente a presidência rotativa da União Europeia (UE), também é aguardado em Davos. (FP)
(Agência Brasil)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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