A Executiva Nacional do PMDB deverá decidir nesta quarta-feira (27), em Brasília, se adia ou não a convenção partidária que reelegerá o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), para o cargo de presidente nacional da legenda.
A sigla decidiu antecipar a data da convenção, inicialmente marcada para o dia 6 de março já que o mandato de Temer se encerra em 6 de março. Porém o próprio candidato peemedebista é contra uma eventual antecipação devido a um apelo do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, um dos articuladores da candidatura própria do PMDB.
Silveira alertou que os peemedebistas dissidentes que falam em lançar candidatura própria ao Planalto já apresentaram o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, como alternativa do PMDB na corrida presidencial, e que seu grupo não aceita a data de 6 de fevereiro para a convenção. Mesmo sem argumentos jurídicos sólidos para contestar a nova data, eles ameaçaram entrar na Justiça contra a antecipação. É isto que Temer quer evitar.
Temer começou a semana tentando convencer a cúpula governista defensora do apoio à candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), de que o adiamento é a melhor saída para evitar conflitos internos desnecessários. O que o deixou mais desconfortável foi a análise de Luiz Henrique - e também de outros correligionários alinhados com a candidatura Dilma - de que a antecipação passaria a ideia de golpe.
Foi diante disso que Temer pediu ao líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que conversasse com os companheiros. "É melhor deixar para 6 de março, que ninguém pode dizer nada. Não estou disposto a enfrentar argumento do golpe e do tapetão", disse Calheiros.
Mas fazer a convenção em março também leva a inconveniências políticas. A principal delas é não reforçar o próprio Temer com um novo mandato de presidente antes da reunião do PT, que anunciará a candidatura de Dilma Rousseff no dia 18 de fevereiro.
Para os governistas do PMDB, que hoje são maioria folgada no partido, Temer é o nome de consenso para ser o vice na chapa presidencial petista. O problema é que as resistências ao nome dele dentro do PT crescem a cada dia, e o partido quer se impor diante do aliado, mostrando que a escolha do vice é dos peemedebistas, e não do PT.
(Brasília em Tempo Real)
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
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