Londres - A mineradora Vale está estudando explorar minério de ferro no país e avaliando outros projetos específicos na região ligados ao setor de infra-estrutura. O presidente da Comissão Nacional de Investimento da Libéria, Richard Tolbert, disse que a Libéria está "extremamente contente de que a Vale também está agora procurando por minérios de ferro e outras possibilidades (no país), como um resultado da bem-sucedida visita da presidente Ellen Johnson Sirleaf ao Brasil".
A Vale planeja investir mais de US$ 5 bilhões em sua mina de minério de ferro em Simandou, na Guiné, país vizinho da Libéria. A companhia adquiriu uma participação majoritária na mina em abril, depois de pagar US$ 2,5 bilhões por uma fatia de 51% na BSG Resources.
Tolbert disse também que o governo da Libéria está próximo de finalizar dois acordos para o desenvolvimento de operações de minério de ferro. Depois de finalizados e aprovados pelo poder legislativo, a Libéria terá negociado cinco acordos para operações de minério de ferro desde 2006, equivalentes a mais de US$ 10 bilhões durante a vida das minas.
Outras negociações
Entretanto, o presidente da comissão não especificou com quais empresas o governo está negociando esses dois acordos. Ele só disse que outras empresas de minério de ferro que estão investindo na Libéria são a African Aura Mining Inc., que tem um acordo de joint venture com a russa Severstal Resources, e a companhia israelense Elenilto Minerals & Mining Ltda.
Tolbert afirmou que os acordos com a BHP Billiton PLC para o desenvolvimento de operações de minério de ferro na Libéria valem no mínimo entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões e oferecem um retorno elevado, mas competitivo, ao governo. O acordo permitirá uma taxa de impostos efetivo máxima de 30% e taxas de royalties entre 3% e 5%, segundo ele. No domingo, a BHP havia informado que assinou um acordo de 25 anos com a Libéria, estabelecendo parâmetros legais e fiscais para explorar e extrair quatro grandes concessões de minério de ferro no país.
O acordo da BHP com a Libéria tem uma carga de impostos e royalties menor do que as taxas que a empresa teria de pagar na Austrália se o governo australiano conseguir aprovar um aumento nos impostos que incidem sobre os lucros corporativos das empresas do setor de matérias-primas. O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, propôs um imposto de 40% sobre lucros que excederem uma taxa de retorno semelhante aos bônus de longo prazo do governo, de cerca de 6%.
Segundo Tolbert, a taxa máxima de imposto corporativo na Libéria é de 25%, embora possa ser elevada para 30% para a indústria de mineração. No acordo da BHP, algumas cláusulas permitem que a empresa seja taxada em mais de 25%, acrescentou. (Monitor Mercantil)
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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