
Minc, que é fã de reggae e estava passando o feriado prolongado na região, subiu ao placo a convite da banda e fez um pronunciamento dançando e cantando ao ritmo da música para uma plateia estimada por ele em 2.000 pessoas.
Na gravação, ele começa sua fala defendendo a natureza. “Vamos defender a Amazônia. Não vamos deixar queimar a Amazônia. A gente conta com os seringueiros, com os castanheiros, com as nações indígenas e com a consciência da rapaziada”, disse. “Vamos defender o cerrado, a caatinga, a Amazônia, a mata atlântica e o reggae. O reggae é a liberdade”, afirmou o ministro.
Em seguida, Minc defende a descriminalização da maconha sem citar a palavra. “Outro recado. Ontem [sábado 5] a gente venceu, 3 a 1 na Argentina. Só que tem outro placar [em] que a gente está perdendo da Argentina. Os juízes [do país vizinho] descriminalizaram. O usuário não é criminoso. E esse jogo a gente está perdendo aqui. Nós vamos virar esse jogo, acabar com a hipocrisia”. Foi aplaudido pela plateia.
O ministro se referia à nova política sobre o consumo de maconha no país vizinho, que deixou de criminalizar o usuário da droga.
Ao G1, o ministro afirmou que ainda não havia visto as imagens, mas que várias pessoas telefonaram a ele para comentar a performance. “Imagina. Na Chapada, 2h30 da manhã com dois mil jovens, fazer um discurso careta não dá. Não sei cantar, mas sei dançar”, disse.
O ministro, porém, preferiu não comentar sua participação assistindo ao vídeo do YouTube ou repetindo seus passos. “É irrepetível. Ficaria fora de contexto. Foi um discurso musical, tinha a música para entrar no ritmo, deixar o ritmo te tomar. Fora dali, seria uma caricatura pobre e completamente desfigurada.”
Minc afirmou ter ficado emocionado e que pensa até em repetir sua “atuação” caso surja uma oportunidade semelhante para dar seu recado ao público. “Agora, a seco eu sou um desastre ecológico”, disse. (G1)
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