sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nos primeiros nove meses deste ano, o Senado gastou R$ 1,3 milhão com aluguel de fotocopiadoras

O Senado não tem controle sobre o uso das máquinas de xerox alugadas por milhões de reais todos os anos para uso dos parlamentares e funcionários da Casa. Há gabinete de senadores com até seis máquinas de impressão e, algumas delas, simplesmente estão paradas por falta de uso. Em outros lugares, setores com máquinas modernas de impressão colorida estão ociosas. O descaso, porém, custa caro aos cofres públicos. Somente este ano até ontem, foram gastos quase R$ 1,3 milhão com esse aluguel, segundo dados do Siga Brasil, sistema de execução financeira do próprio Senado.

O contrato de aluguel e manutenção das máquinas tem sido sucessivamente prorrogado desde novembro de 2004. Nessa conta não entra o gasto com papel. Por determinação do primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), uma comissão técnica da Casa analisou o contrato de aluguel. Na última terça-feira, Heráclito Fortes aprovou os trabalhos da comissão, que propõe uma ampla reformulação no setor. Foi o último dos 34 contratos de prestação analisados pela Primeira Secretaria desde fevereiro, e um dos mais caros do Senado.

A comissão descobriu que não há qualquer projeto básico para a alocação das mais de 200 máquinas espalhadas pela Casa. A Biblioteca do Senado, por exemplo, conta com seis máquinas para fazer cópias e impressões das mais modernas. Três delas, conforme verificou o Correio em visita ontem à tarde ao local, estavam paradas — não havia sequer funcionários para todos os equipamentos.

Há senadores com seis máquinas, embora a média em cada um dos 81 gabinetes é de duas. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) conta apenas com uma máquina, mas se diz satisfeito. “Não preciso de mais”, afirmou o paranaense. Para ele, os gastos com a manutenção desses equipamentos poderia ser feito pelo próprio Senado, sem a necessidade de se contratar uma empresa privada. “Aqueles que cuidam do dinheiro público, não cuidam como se fosse deles”, critica. (Correio Braziliense).

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