Em todo o País, municípios administrados por partidos da base aliada controlam cerca de 80% dos recursos do PAC do Saneamento. Analisando somente os recursos distribuídos na região Norte, o número beira a totalidade: são 99,5% de aliados beneficiados em detrimento dos que se opõem ao governo. Só não chega a 100% porque o município de Marituba, na região metropolitana de Belém, administrada pelo PPS, foi contemplada com R$ 1,2 milhão. Mesmo assim, a discriminação fica clara ao verificar que esse é o menor repasse entre todos os 90 municípios que receberam recursos para obras de infraestrutura e saneamento.
Como comparação, Oriximiná, município com a mesma população que Marituba, mas administrada pelo PV, receberá R$ 8 milhões. Completam a lista dos beneficiados do Pará, outros três municípios apenas: Marabá, cuja prefeitura é do PR, com recursos da ordem de R$ 50 milhões; Parauapebas (PT), com R$ 47,3 milhões; e Itaituba (PR), com R$ 15 milhões. Fecha a lista de municípios que receberão recursos no Norte a capital roraimense, Boa Vista, administrada pelo PSB. Sozinha, ela abocanhou quase que a metade de todo o montante (R$ 223,7 milhões) de R$ 102,2 milhões destinados à região.
Mas ainda há cenário pior do que o nortista. Nenhum município da região Sul, cuja prefeitura não seja aliada ao governo do PT, foi beneficiada. Por exemplo, os municípios catarinenses castigados pelas inundações há vários meses, foram totalmente excluídos dos R$ 704,1 milhões do PAC do Saneamento destinados a região. O Centro-Oeste aparece com a terceira maior disparidade: são 98,5% de recursos para os governistas e 1,5% para a oposição. No Nordeste, a diferença igualou a média nacional de 80% x 20%. Já no Sudeste, os números tiveram o maior equilíbrio: cerca de 60% da base e 40% para os que não são. (O Liberal).
domingo, 13 de setembro de 2009
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