BRASÍLIA - O PMDB está defendendo a retirada da urgência constitucional fixada para tramitação dos quatro projetos que tratam da regulamentação do modelo de exploração do pré-sal. Na reunião dos líderes dos partidos na Câmara, na manhã desta quarta-feira, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que seria melhor retirar a urgência para melhorar o clima na Casa, já que a oposição entrou em obstrução. A questão deverá ser decidida agora à tarde no encontro entre Temer e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por causa da urgência pedida ao Congresso para apreciar os projetos, a Câmara teria de votar em 45 dias e o Senado, em outros 45. A oposição e setores da sociedade reclamam que é muito pouco tempo para debater um tema tão complexo.
A posição defendida pelo PMDB é apoiada por outros partidos da base, com exceção do PT.
- Faço mea culpa e acredito que foi um equívoco os líderes terem convencido o presidente Lula a adotarem a urgência. Mas vou acatar o que for decidido pelo Planalto - disse o líder do PMDB.
Na terça-feira, a oposição resolveu abrir fogo aos quatro projetos de lei enviados pelo governo com as novas regras , com DEM, PSDB e PPS obstruindo votações no plenário e nas comissões da Câmara para pressionar pela retirada do pedido de urgência constitucional dos textos. Na base aliada, houve disputa entre PT e PMDB - com este último levando a relatoria do projeto mais importante, que institui o regime de partilha da produção e trata da divisão da renda do pré-sal. (O Globo).
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