Kátia Moraes cuida de seu bebê na comunidade África, em Moju
Faltam médicos para atender a população que vive no interior do Pará. A proporção médico por habitante recomendada pela Organização Mundial da Saúde já ultrapassou o nível crítico e é uma das piores do mundo. Hoje, cada médico que vive no interior do Estado atende a pelo menos 4,5 mil habitantes, enquanto a OMS recomenda que a proporção seja de um médico para cada grupo de mil habitantes. A escassez chegou ao ponto de deixar 50 municípios sem nenhum médico. Em outras 32 localidades só existe um médico, como no distrito de Castelo dos Sonhos, que fica a 1.100 quilômetros da sede de Altamira.
Situação mais grave vive o município de Marituba, que só tem um médico registrado no Conselho Regional de Medicina para atender uma população que mais de 93,4 mil habitantes.
O Pará tem 7,4 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE. Os dados do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará mostram que há em atividade hoje 5.474 médicos, sendo 4.213 na Capital e somente 1.261 no interior. Segundo o Conselho Federal de Medicina, mais de 70% dos médicos procuram trabalhar nos grandes centros ou próximos deles em virtude da infraestrutura hospitalar ou para estarem próximos das universidades e de locais onde possam ter acesso a estudos e atualizações na área.
As entidades médicas brasileiras vêm debatendo a questão da interiorização da saúde no Brasil, que já é considerada um fato grave e que precisa de soluções rápidas. A falta de médicos no interior não afeta apenas o Pará. (Diário do Pará).
domingo, 13 de setembro de 2009
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