quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Lula, o filho perfeito do Brasil

Lula é o terceiro da direita para a esquerda

Um Lula sem nenhum defeito é o que emerge do filho "Lula, O Filho do Brasil", a mais cara produção do cinema nacional, que abriu ontem à noite o Festival de Cinema de Brasília.

O Lula da tela tirou nove em português quando era menino, morador de uma área miserável da periferia de São Paulo. Ainda menino, evitou que o pai batesse na mãe ao adverti-lo: "Homem não bate em mulher".

Líder sindical, quase não agrediu o português ao discursar para a peãozada do ABC paulista. Foi um fumante compulsivo, mas em compensação bebeu pouco.

Testemunhou à distância a chacina de um pequeno empresário praticada por companheiros dele do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Ficou chocado com ela e reclamou.

Foi um namorador moderado. Uma vez viúvo, cortejou e se casou com dona Marisa.

Como líder político não foi de direita nem de esquerda. Preocupou-se apenas em melhorar a vida dos seus companheiros.

O filme acaba quando ele sai da prisão para ir ao enterro da mãe. Dali, salta para a festa da posse de Lula na presidência da República.

O PT se perdeu no meio do salto. Nem foi referido antes porque não existia nem depois porque não era o caso.

Quem sabe não fará uma ponta no filme "Lula, o Filho do Brasil - Parte 2"?

A história é contada de forma linear e sem dar margem a diferentes interpretações.

Só cabe uma: Lula enfrentou e venceu, orientado pela mãe, todos os desafios que a vida oferece a um brasileiro nascido na miséria.

Admirável, pois, sua saga.

Em resumo: o filme foi feito sob medida para reforçar o mito Lula. Atinge seu objetivo com louvor.

É razoável imaginar que com isso ajudará de alguma forma a candidatura de Dima Rousseff à presidência da República. Ajudaria qualquer candidatura apoiada por Lula.
(Blog do Noblat).

Nenhum comentário: