quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ana Júlia diz que Lula exigirá de países ricos a redução de emissões de carbono

Em Copenhagen, a governadora Ana Júlia Carepa se reúne com o presidente Lula e os ministros Dilma Roussef e Carlos Minc

Copenhagen (DK) - O presidente Lula vai reiterar na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP 15, em Copenhagen, a exigência do Brasil de que as nações desenvolvidas assumam compromisso de reduzir as emissões de carbono. Os governadores da Amazônia querem que o tema da floresta seja abordado com mais ênfase.

A informação foi fornecida pela governadora Ana Júlia Carepa, após reunião de duas horas, fechada à imprensa, durante a qual os governadores da Amazônia, o presidente Lula, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, discutiram a posição do Brasil na conferência. Também participou o governador de São Paulo, José Serra.

O presidente Lula falará em plenário nesta quinta-feira (17). "Todos nós temos a convicção da necessidade da conservação da floresta, mas é preciso reconhecer que também precisamos garantir qualidade de vida e geração de emprego para nossa população", disse Ana Júlia após a reunião, ao avaliar que a a liderança mundial do presidente Lula influenciará o documento final e será a base para os compromissos futuros, inclusive para a COP 2016.

"O Brasil cumpre um papel importante no debate sobre as mudanças climáticas, um clamor do planeta, pois embora não necessite assumir compromissos com meta de redução, se impôs metas ousadas, um exemplo a ser seguido pelos países do Anexo I do Protocolo de Kioto", ressaltou Ana Júlia, para frisar que a COP 15 tem que ser o avanço que a humanidade espera. Ela enfatizou ainda que pela primeira vez os governadores da Amazônia estão unidos em relação aos interesses da região

Compensação - A governadora tomou café da manhã com o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e reiterou o pedido para que ele tome a iniciativa de propor lei que crie um fundo para financiar atividades de conservação e de reflorestamento. "Defendemos mecanismos de compensação, como o REDD (Redução por Desmatamento e Degradação Evitados) que vão não apenas ajudar a conservar a floresta em pé como evitar o desmatamento", disse a governadora.

Ana Júlia elogiou o compromisso de Schwarzenegger com iniciativas para financiar a compensação pela manutenção da floresta. "Essas ações vão ajudar a garantir a dignidade e o emprego das pessoas que vivem na Amazônia", disse a governadora. Schwarzenegger deve ir ao Pará no segundo semestre do ano que vem e sinalizou que quer lançar na região o fundo de apoio à floresta.

A governadora se reuniu ainda com o representante do príncipe herdeiro da Dinamarca, Frederik, que demonstrou interesse em conhecer e apoiar projetos na Amazônia. Também se reuniu com o presidente global da Open Oceans Global, Carl Nettelon, organização com sede em San Diego, Califórnia, que demonstrou interesse em desenvolver projetos na costa paraense.

Segurança jurídica - À noite a governadora recebeu cerca de 50 convidados em um jantar, onde compareceram investidores, representantes de instituições públicas e privadas, dentre elas a Fundação Orsa, a Vale, The Nature Conservancy, Corservação Internacional.

Também compareceram o governador do Amapá, Waldez Góes, e o representante da família real dinamarquesa. A governadora apresentou as políticas públicas do estado voltadas o ordenamento territorial e enfatizou que hoje o Pará oferece segurança jurídica para quem quer investir em economia verde. Ela convidou os presentes a visitar o Pará e conhecer as oportunidades de negócios e projetos que o estado oferece. (Secom)

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