Aécio Neves e o vice Antonio Anastasia no interior de Minas: governador põe em prática aviso de que irá se dedicar à política local
Sem chance. O grão-tucanato finge acreditar numa chapa puro-sangue para disputar a Presidência da República no ano que vem, mas já foi devidamente avisado de que não vai contar com a presença do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), como candidato a vice do colega de São Paulo, José Serra (PSDB). "Antes havia duas possibilidades, agora só há uma alternativa." A frase foi ouvida por vários caciques social-democratas e saiu da boca de Aécio. O resto é jogo de cena. Por "alternativa", leia-se o Senado. Ontem, ao ser perguntado se poderia ser vice de Serra, Aécio foi taxativo. "A minha resposta é muito simples: sequer cogito essa hipótese".
A declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos que foram avisados por Aécio da decisão sem volta de não ser candidato a vice, é sintomática. FHC afirmou que há um "sentimento nacional" pela chapa do mineiro com José Serra. É uma tentativa de manter acesa a chama da possibilidade. Vã tentativa, bem sabe Fernando Henrique.
Aécio Neves e o vice Antonio Anastasia no interior de Minas: governador põe em prática aviso de que irá se dedicar à política local
Se quiserem insistir, no entanto, os tucanos podem se preparar para conhecer o interior de Minas. É lá que eles encontrarão o governador nos próximos meses, com o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB), que assumirá o Palácio da Liberdade e disputará a reeleição, a tiracolo. Ontem, os dois estavam em Setubinha, cidade com 11.383 habitantes e 7.364 eleitores, para lançar obras do Pró-Acesso, um programa de asfaltamento de estradas. Foi na mesma região que Aécio lançou a sua candidatura à reeleição em 2006. É uma questão sentimental. Seu pai, o ex-deputado Aécio Cunha, é da região.
A pressão será grande, mas alguns tucanos sabem que a candidatura de Aécio ao Senado é irreversível. Bem, nem tanto. Ele poderia rever a possibilidade de disputar a Presidência, mas, para isso, Serra teria que desistir em tempo hábil para a montagem de uma ampla aliança, que só o governador de Minas tem condições de fazer. (Correio Braziliense)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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