A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aproveitou o humor melhor do mercado externo e teve mais uma sessão de ganhos, hoje bem diferente da véspera, já que trabalhou o dia todo no azul. A ausência de notícias negativas no exterior e a divulgação do Produto Interno Bruto no Brasil ajudaram a dar sustentação às ações e a Vale novamente deu importante suporte ao principal índice à vista. O índice Ibovespa terminou em alta de 1,05%, aos 68.728,29 pontos, maior nível desde os 69.281,20 pontos de 9 de junho de 2008. Na mínima do dia, registrou 68.021 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 68.912 pontos (+1,32%). No mês, sobe 2,51% e, no ano, 83,03%. O giro financeiro totalizou R$ 6,991 bilhões. Os dados são preliminares.
A agenda externa não estava cheia hoje e o noticiário deu uma trégua, trazendo muitos investidores de volta à ponta compradora. O Brasil, que continua se beneficiando do fluxo externo de recursos, contou hoje com os dados do PIB para garantir mais uma sessão de ganhos. No geral, os dados desapontaram, mas, na abertura dos números, os investidores encontraram justificativas para manterem suas decisões de compra.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira avançou 1,3% no terceiro trimestre ante o segundo, abaixo da mediana esperada pelo mercado, de 1,95% - resultado de um intervalo de 1,6% a 2,9% apurado pelo AE Projeções. Mas como o rumo era para cima, os investidores se fixaram nos números da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que entregaram aumento de 6,5%, a maior alta ante o trimestre imediatamente anterior apurada pelo IBGE desde o primeiro trimestre de 2006.
A Bovespa contou ainda com a ajuda do cenário externo hoje. Nos Estados Unidos, os indicadores não prejudicaram as ações, que também trabalharam o dia todo em alta. Às 18h20, o Dow Jones avançava 0,62%, o S&P subia 0,53% e o Nasdaq, 0,42%.
O número de pedidos semanais de auxílio-desemprego divulgado hoje aumentou 17 mil na semana passada, ante previsão de +8 mil. Embora muito pior que as previsões, o dado foi anulado pela queda da média móvel de pedidos feitos em quatro semanas. Esse dado, calculado para suavizar a volatilidade, recuou 7.750, para 473.750, o menor nível desde 27 de setembro de 2008. Também foi bem recebida a redução do déficit comercial dos EUA em outubro, para US$ 32,94 bilhões, ante US$ 35,65 bilhões. Analistas esperavam que o déficit fosse subir dos US$ 35,65 bilhões em setembro para US$ 37 bilhões.
Na Bovespa, a alta teve forte influência das ações da Vale, que subiram com vigor durante toda a sessão, impedindo uma queda mais modesta nos momentos em que os investidores economizaram nas compras. Os metais hoje não deram pitaco no desempenho dos papéis, já que fecharam majoritariamente em baixa. A influência veio das perspectivas favoráveis em relação às negociações envolvendo o preço do minério de ferro e também da elevação da recomendação do banco JPMorgan para as ações ON da mineradora, de "neutro" para "overweight". Vale ON subiu 1,66% e PNA, 1,88%.
Petrobras conseguiu garantir a alta no final da tarde, depois de sofrer o dia todo com a queda do petróleo no mercado externo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a commodity recuou 0,18%, para US$ 70,54 o barril, mas o preço chegou a ficar abaixo de US$ 70 ao longo da sessão. A queda, segundo especialistas, decorre das continuadas preocupações sobre o excesso de oferta. Aqui, Petrobras ON subiu 0,50% e PN, 0,45%. (Agência Estado).
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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