Lei sancionada pela governadora Ana Júlia transforma em patrimônio cultural e artístico do Pará a dança do carimbó
A governadora Ana Júlia Carepa sancionou a Lei 7.345/2009, que declara como patrimônio cultural e artístico do Estado do Pará a "Dança Carimbó", representando as tradições e costumes paraenses. O objetivo da lei é preservar, conservar e proteger as formas de expressão, objetos, documentos, fantasias e músicas da referida dança. A lei também faculta apoio técnico, financeiro e cultural do Estado, por meio de seus órgãos afins, para firmar parceria com entidades civis de direito privado, sem finalidade lucrativa, através de celebração de convênios, contratos ou outro instrumento legal. Desta forma, o carimbó fica incluído nos calendários histórico, cultural, artístico e turístico anuais do Estado do Pará
Os paraenses organizam a campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro", cujo objetivo é transformar o ritmo paraense em patrimônio cultural e imaterial de todo o povo brasileiro. A iniciativa busca sensibilizar e mobilizar a sociedade a valorizar e reconhecer o carimbó e suas tradições como parte importante da cultura do país.
A campanha surgiu a partir das discussões promovidas pela Irmandade de São Benedito, no Festival de Carimbó de Santarém Novo a partir de 2005. Um processo se iniciou junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para registrar o Carimbó paraense como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A campanha é conduzida atualmente por grupos, entidades e movimentos culturais de vários municípios paraenses, contando com o apoio do Ministério da Cultura, IPHAN e do Governo do Estado através da Secult, Rádio e TV Cultura, Fundação Curro Velho e outras instituições.
Sensualidade - Dança de ritmo contagiante, de passos sensuais, o carimbó identifica o Pará em qualquer lugar do planeta. Predominante na região nordeste, notadamente no município de Marapanim - que sedia um festival de carimbó -, e no Arquipélago do Marajó, a música e a dança revelam os traços da colonização na Amazônia, dominada por brancos, negros e índios. Homes e mulheres dançam juntos e separados, numa cadência envolvente.
O nome se origina de dois vocábulos da língua Tupi: "curi", que significa pau oco, e mbó, que quer dizer furado, resultando na palavra korimbó, que com o tempo deu origem a curimbó, a qual denomina o tambor característico do ritmo, e carimbó, que remete à dança e à música.
Tocados com as mãos, os tambores são acompanhados por reco-reco, viola, ganzá, banjo e maracás. O carimbó é tão representativo da cultura paraense que o Estado é o berço de Mestre Verequete, considerado o rei do carimbó, falecido em 3 de novembro deste ano aos 93 anos, que deixou um dos maiores legados musicais do Pará. (Secretaria de Comunicação).
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