O prefeito de Afuá, Osimar Salomão (PSDB), seu vice, Roldão Lobato, e a vereadora Narrinha Salomão (irmã de Osimar) tiveram seus mandatos cassados pelo juiz eleitoral Weber Lacerda. Eles são acusados de comprar votos às vésperas das eleições de 2008 e foram condenados a pagar multas de R$ 6 mil, cada um.
A decisão do juiz das 16ª e 17ª zonas eleitorais foi publicada ontem. Os cassados têm três dias para recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral, mas, enquanto isso, devem ficar afastados dos cargos. Eles não foram encontrados, ontem, para informar sobre os procedimentos que adotarão.
Membros da coligação 'Afuá com Liberdade e Trabalho', chapa responsável pela ação contra os três agentes públicos, afirmaram que o prefeito foi visto na prefeitura pela manhã, mas depois teria sumido. O advogado da coligação, Marlos Gonçalves, afirma que o advogado dos cassados tomou ciência da sentença.
Gonçalves relatou que esteve no Fórum, ontem à tarde, para acompanhar o processo, mas o expediente já havia terminado. Ele revelou que o cliente, Paulo Afonso de Castro (PMDB), deverá assumir o cargo de prefeito imediatamente.
Castro foi o segundo colocado nas eleições para a prefeitura de Afuá, em 2008. Juntamente com ele, devem assumir os postos de vice e de vereador suplente, Josimar Carvalho e Artêmis Moneiro, respectivamente.
A coligação denunciou Osimar, Roldão e Narrinha de praticarem os crimes eleitorais de compra de voto, retaliação a servidor e utilização de transporte escolar durante a campanha. O juiz só descartou esta última por falta de provas.
Com relação à compra de votos, foi apresentada uma senhora que disse ter recebido lata de tinta, malhadeira e cinco quilos de prego para votar no trio. Quanto à retaliação, é citada uma professora, transferida para outra vila do município durante o período vedado pela legislação eleitoral. (Jornal "O Liberal").
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