VIOLÊNCIA
RIO - A história de um trote violento e machista está mobilizando professores e alunos na Universidade Federal Fluminense (UFF). Por ser considerada bonita, enquanto outras eram "barangas", uma caloura do curso de direito foi levada, na última quinta-feira, para uma sala onde deveria fazer sexo oral em cerca de oito veteranos e, assim, se livrar da obrigação de recolher nas ruas, como é de praxe, a cota de R$ 250 exigida dos novatos nos primeiros dias de aula. A Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos da UFF vai decidir, na segunda-feira, que providências tomará sobre o caso, já que a vítima - que conseguiu escapar do assédio, mas ficou muito abalada emocionalmente - não formalizou a queixa, temendo passar por mais humilhações e constrangimentos.
O caso foi revelado na sexta-feira pela coluna de Ancelmo Gois no GLOBO. Um parente da vítima disse que ela ligou chorando ainda dentro da universidade.
- Ela disse ter reparado que as calouras mais bonitas eram levadas para um lugar diferente, onde estavam cerca de oito estudantes. Um deles, mais forte, ficou na porta para impedi-la de sair. Com palavras chulas, disseram que ela tinha duas opções: fazer sexo oral neles e ser promovida à condição de veterana ou beijá-los na boca. Nesse caso, teria apenas desconto na cota de R$ 250 que tinha que pedir na rua. Ela respondeu que não queria brincar mais. Aí, jogaram farinha e água no corpo dela - contou o pró-reitor adjunto de Assuntos Acadêmicos da UFF, Renato Crespo.
(O Globo)
sábado, 22 de agosto de 2009
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