Roberto pai e Roberto filho vão acompanhar a batalha de Goianinha (Foto: Octávio Cardoso)
Torcer é um ato amor, de paixão. Foge do que é racional, do que é lógico. Muitas vezes não têm limites, é incondicional. Quando esse sentimento é perpetuado por várias gerações é impossível de se esvair. Esse é o caso do propagandista de remédios, Roberto Baetas.
Torcedor fanático do Paysandu, Beto cresceu dentro da Curuzu. Durante 30 anos seu pai foi o médico do clube. Viram de perto os títulos de maior expressão do Papão: duas conquistas da Série B, Copa Norte, Copa dos Campeões e a disputa da Libertadores. Agora, uma terceira geração já começa a ser doutrinada: seu filho, Roberto Baetas Neto, de 8 anos, segue os passos do pai e do avô e se orgulha de vestir a camisa bicolor. “Ele é o primeiro neto homem da família. Foram 13 netas antes dele. Então a expectativa de ter um neto era muito grande. Ele já saiu da maternidade com uma roupinha do alviceleste”, conta Roberto.
O pai revela que o Paysandu está no sangue da família. Acompanhar os jogos do time do coração é algo compartilhado por todos. “Nunca dá trabalho torcer pro Paysandu por que a gente tem amor ao clube. Este domingo, excepcionalmente, é aniversário da minha cunhada, então toda a família vai ver junto e fazer a corrente em prol da subida do bicola”, afirma. “Todo mundo é Paysandu, até os cunhados, tios, agregados, todos torcem pro Papão. É pré-requisito. Remista não entra, é proibido. Até mesmo pela herança do meu pai, que cobrava que todo mundo fosse bicolor”, completa.
Como o sentimento não pode parar, Roberto Baetas procura passar a paixão alviceleste para seu filho e afirma já ter obtido êxito. “Eu digo que ele é mais viciado e tá ficando mais fanático pelo Paysandu do que eu. Até nos jogos de videogame ele tira o Barcelona ou o Real Madrid pra colocar o Paysandu. Nos dias de jogos do Paysandu ele só falta me deixar doido. Tá no sangue mesmo (risos)”.
Todo torcedor tem suas manias e superstições. Na família Baetas, não é diferente. “Nos jogos do PSC, eu vestia as mesmas roupas, evitava usar roupas que em algum jogo tinham dado errado. Até nele (o filho) eu fazia isso. Assistíamos com mesma camisa, mesma bermuda e até mesma cueca (risos)”, conta. Para Roberto, o maior legado que se pode deixar às gerações futuras é nunca deixar de acreditar no Papão, por pior que seja a fase. “A torcida do Papão é uma torcida fiel, vai independente de onde o time esteja. Por isso, ela é a mais bonita do norte.” Roberto esteve em uma igreja para torcer, rezar e pedir pelo Paysandu. Que os deuses do futebol ajudem! Vocês merecem, bicolores!
Um algoz do Papão do lado do rival
Mais uma vez o técnico Flávio Araújo pode ser o vilão da torcida bicolor. Isso porque o atual comandante do América (RN) estava a frente do Icasa (CE) em 2009, quando goleou o Paysandu por 6 a 2 e acabou com as chances do Papão de subir para a Série B de 2010. Agora, Araújo pretende repetir o feito, já que precisa de uma vitória simples diante da equipe paraense para se garantir na segunda divisão do ano que vem. A equipe potiguar conta com a volta de três importantes jogadores: o ala Norberto, o volante Nata e o atacante Max. Todos devem começar na equipe titular hoje e, com isso, Flávio Araújo promete força total diante do time alviceleste. Nata é conhecido pelas bandas de Santarém. Em 2010, disputou o Parazão e a Série C pelo São Raimundo.
Mas a maior arma do treinador do Dragão para o confronto deste domingo não é nenhum jogador. Durante a semana de preparação, Flávio Araújo investiu no psicológico dos jogadores. Após cada treinamento, o comandante teve longas conversas com o seu elencado. Ainda segundo o técnico, os quatro pontos ganhos nas últimas duas partidas foram fundamentais para trazer de volta a confiança do grupo. (Fonte: Diário do Pará)
domingo, 20 de novembro de 2011
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