Com a ausência da candidata Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o papel principal no comício da coligação Frente Acelera Pará, realizado na noite de ontem, em Belém. Mostrando que é realmente quem atrai as massas, o presidente da República e principal cabo eleitoral de Dilma levou para a Aldeia Amazônica um público de cerca de 30 mil pessoas, para o evento da candidata ao Governo do Estado, Ana Júlia Carepa, segundo estimativa da Polícia Militar.
Lula chegou ao palco às 19h50, diante de uma multidão munida de bandeiras vermelhas, azuis e amarelas, que representavam os diferentes apoios de partidos que o presidente possui. E ninguém é mais adorado que ele. Cada vez que o nome de Lula era anunciado, a vibração era geral. Diferente do prefeito Duciomar Costa, cujo nome, quando citado no palco, fazia a Aldeia ser tomada por vaias.
Entre os presentes, estavam o candidato ao Senado, Paulo Rocha, que mesmo impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, continua fazendo campanha, o candidato a vice na chapa de Ana Júlia, Anivaldo Vale, e a maioria dos candidatos a deputados estadual e federal da coligação.
Ana Júlia criticou duramente o candidato adversário, Simão Jatene, da coligação Juntos com o Povo. “Vai ser uma batalha difícil contra essa turma que despreza o povo pobre, que governou por doze anos e se mostrou a turma do atraso”, falou. “Eles deixaram a segurança pública sucateada. Noventa por cento das escolas estavam caindo. E você, Lula, mandou um acelerador linear, que eles deixaram encaixotado por três anos”.
O bombardeio aos opositores continuou no discurso do presidente, que se valeu novamente das metáforas de futebol para elogiar os partidos que apoiam sua candidata, entre os quais o PTB de Duciomar. “Nós temos que valorizar os companheiros de partido. Diferente, é como se convocassem um jogador do Remo ou Paysandu para a seleção brasileira e a gente vaiasse quando ele entrasse em campo”, comparou. E também falou do amplo apoio popular que possui. “Queria dizer que aprendi uma lição. Quando a situação está difícil, só tem um remédio. Ir com o povo nas ruas. O povo sabe como falar. Só não pode se esconder”, disse, para a gritaria geral.
Lula repetiu as críticas ao DEM e PSDB que já vem fazendo em outros comícios. “Todos são farinha do mesmo saco. Começaram como Arena, PDS, PFL, DEM e tucanos. Eles ficavam trocando o poder entre eles e nós brigando aqui embaixo. Antes da eleição, todo mundo se preocupa com os pobres, mas depois da eleição, o primeiro café, almoço e janta é com os ricos e a bordoada é com os pobres”, atacou.
Ele ainda falou da propaganda eleitoral na TV feita por Simão Jatene, que comparou Ana Júlia a uma empregada diarista. “Eles vão ter que explicar o preconceito deles contra a mulher. É uma falta de respeito contra a governadora e as empregadas. Queria que nossos adversários tratassem com mais respeito as trabalhadoras e as mulheres”, reiterou. “Não vamos entrar no jogo sujo deles, mas comparar cada programa do nosso governo com o deles”.
A VOZ DO POVO...
Durante o comício, Lula voltou a criticar os partidos DEM e PSDB, que chamou de “farinha do mesmo saco”. Ele usou uma metáfora de futebol para reforçar que o melhor é ver um “jogador” do mesmo partido entrar em campo. Finalizou dizendo que o povo é quem sabe de tudo.
...E A VOZ DE DEUS
Já na agenda de governo, na assinatura da autorização das obras de pavimentação da Transamazônica, Lula foi duro com os críticos de Belo Monte e disse que entraves a obras não são culpa de A ou B, mas da ambiguidade das leis brasileiras, que, como a Bíblia, cada um interpreta como quer. (Diário do Pará)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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