Lula, Michel Temer, Hélio Costa, Dilma e Fernando Pimentel em comício nesta quarta (8) em Betim (Foto: Ichiro Guerra/Divulgação)
Presidente e candidata criticam oposição, mas sem citar caso da Receita.
Ato buscou impulsionar campanha de Hélio Costa (PMDB) ao governo.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou na noite desta quarta-feira (8) de comício em Betim (Grande Belo Horizonte), o 14º evento de campanha ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seus discursos, Lula e Dilma não fizeram menção ao acirramento da troca de acusações na campanha em razão dos episódios de quebra de sigilo fiscal na Receita Federal.
Dilma preferiu alfinetar a oposição ao fazer sua descrição do povo do estado.
"Somos da paz, mas jamais deixamos que ninguém pisasse no nosso pé nem nos desrespeitasse", afirmou.
A candidata disse ainda que "os adversários apostaram errado, que no início do governo a gente não ia conseguir governar".
Repetiu roteiro de comícios anteriores ao acenar com a possibilidade de interrupção de programas sociais em caso de vitória da oposição. Afirmou que adversários já classificaram o Bolsa Família de "bolsa esmola" e o DEM, que chamou de "antigo PFL", recorreu à Justiça "pedindo o cancelamento do ProUni".
"Chega na hora da eleição, eles querem se confundir conosco", afirmou Dilma.
A candidata também procurou transmitir a sensação de vitória ao dizer que "ao ganhar as eleições, e tenho certeza que a primeira mulher vai ser presidenta, nós precisamos de eleger uma bancada de senadores".
Lula
O presidente, que chamou Dilma de "querida e futura avó", também procurou reforçar o discurso triunfalista ao dizer que a candidata "vai ganhar de presente, além do neto, a responsabilidade de dirigir o destino do nosso país por quatro anos".
Ao pedir votos aos candidatos ao Senado, o presidente fez duras críticas ao senador eleito pelo estado em 2006, Eliseu Resende (DEM), por seu voto contra a prorrogação da CPMF em 2007.
"Talvez a única coisa que ele fez tenha sido votar contra a CPMF, por ódio, por vingança", disse Lula, para quem "o maior aperto que tivemos no nosso governo era a maioria apertada que a gente tinha no Senado, um Senado raivoso, com ódio, com preconceito".
Lula disse ainda que a vitória de Dilma representará o "último grito de independência da mulher brasileira".
Para defender voto no candidato a governador Hélio Costa (PMDB), Lula citou números de iniciativas federais no estado e afirmou que seu ex-ministro das Comunicações é quem "pode ajudar mais a Dilma".
Agenda casada
O comício na Grande Belo Horizonte marcou mais um dia de "agenda casada" do presidente Lula, de compromissos institucionais durante o dia e campanha para Dilma à noite.
O local do comício em Betim já estava cheio por volta das 18h, quase três horas antes do início do ato.
Geraldo dos Reis, 75 anos, que disse ter chegado por volta das 16h, afirmava que para ver o presidente Lula "valia qualquer esforço". "Vou votar na Dilma só por causa do presidente Lula. Se tivesse que ficar um dia inteiro não tinha problema", afirmou.
O comício em Betim foi o 14º com participação de Dilma e Lula desde o início oficial da corrida presidencial, em julho, e o segundo em Minas Gerais, estado em que o candidato apoiado pelo PT ao governo, Hélio Costa (PMDB), vem perdendo terreno nas pesquisas para o PSDB do governador Antonio Anastasia.
Lula também já subiu em palanques com Dilma nesta campanha no Rio de Janeiro (RJ), Garanhuns (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Osasco (SP), Mauá (SP), São Bernardo do Campo (SP), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Recife (PE), Foz do Iguaçu (PR) e Valparaíso (GO). (G1)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
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