sábado, 11 de setembro de 2010

Dilma diz que Serra pode terminar campanha conhecido como “caluniador”

Afirmação é resposta a reportagem que denuncia suposto esquema na Casa Civil

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (11) que o tucano José Serra, seu adversário, pode acabar a campanha sendo chamado de “caluniador”. A resposta foi uma referência à reportagem da revista Veja segundo a qual sua sucessora na Casa Civil, Erenice Guerra, teria montado um balcão de negócios no Palácio do Planalto para cobrar propina de empresários interessados em fazer negócios com o governo.

Dilma respondeu às denúncias feitas pela revista na entrada do Hospital Sírio-Libanês, onde visitou o vice-presidente José Alencar, internado desde ontem com problemas pulmonares.

- Eu acho que o meu adversário tem perdido todas as estribeiras. Periga passar as eleições chamado de caluniador.

De acordo com a petista, a reportagem foi motivada pela campanha tucana, que estaria procurando um jeito certeiro de minar o favoritismo dela nesta campanha.

- Estão procurando uma bala de prata.

A candidata disse que vem mantendo pouco contato com Erenice desde que deixou a Casa Civil e que não conhece os empresários que são mencionados na reportagem.

- Até hoje ela tem a minha confiança.

Mostrando bom humor, Dilma concluiu dizendo que o PSDB está fazendo coisas "do arco da velha":

- Espero que essa campanha não se paute por isso.

Dilma lidera as pesquisas de intenção de voto e pode ser eleita já no primeiro turno, em 3 de outubro. Levantamento Datafolha divulgado ontem mostrou Dilma com 50% das intenções de voto, contra 27% de Serra.

Serra
Em Goiás, José Serra comentou o teor da reportagem e disse que a denúncia é gravíssima. Segundo ele, a eleição é o caminho para evitar que escândalos de corrupção ocorram.

- O Brasil tem que mudar, e a época da eleição é o momento para promover estas mudanças. Não é possível que alguns candidatos e alguns partidos achem natural que esse processo de corrupção em nosso país. Não é natural, não. Nós podemos mudar isso. Podemos mudar com eleição. (DoR7)

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