Na última semana o instituto DataFolha divulgou pesquisa das intenções de votos para Presidente da República, consolidando a liderança de Dilma Rousseff, candidata do PT, oito pontos à frente de José Serra, do PSDB.
Todos que acompanham pesquisas e eleições, sabem que o DataFolha tem histórico de apoio e favorecimento a alguns candidatos, especialmente aos tucanos. Em outras pesquisas lançadas por outros institutos, Dilma já consolidava sua liderança na intenção de voto. Chegou abrir vantagem de 10 pontos em pesquisa lançada recentemente. Na mesma ocasião, o mesmo DataFolha colocava a candidata petista três pontos à frente de Serra, ambos empatados pela margem de erro da pesquisa.
O cenário era claro: Dilma liderava em outros institutos de pesquisa, menos no DataFolha. O referido instituto mantinha artificialmente inflados os números de Serra, haja vista, que não correspondia com a realidade ou com a intenção do eleitorado em votar no tucano.
Na última pesquisa do DataFolha, Dilma aparece com 41% das intenções de votos, contra 33% de Serra. Diferença de oito pontos. Demorou mas não tinha mais como o instituto manter a diferença empatada na margem de erro. Não existe margem de erro tão elástica como da diferença entre os dois candidatos. Seria um absurdo.
O que mais impactou nos números da pesquisa além da confortável diferença foi o espaço que a candidata petista precisa conquistar para vencer ainda no primeiro turno as eleições. O que separa Dilma da vitória são três pontos, no máximo seis pela margem de erro.
Há meses atrás os tucanos lutavam para manter a liderança nas pesquisas até o começo dos debates e o horário eleitoral na TV, agora lutam para levar a disputa para o segundo turno. O fato é que a linha de crescimento de Serra estagnou, chegou ao seu limite, seu teto. Não avançará além dos 35%.
O que poderá manter a disputa para o segundo turno será o crescimento de Marina Silva nas pesquisas. Ai está o problema. Marina dificilmente passará dos 10%. A candidata parece ter chegado ao seu limite, assim como Serra.
O candidato do Psol, Plínio de Arruda, apesar do sucesso de sua participação no debate na Band e na internet, dificilmente conseguirá influência na disputa. O objetivo de Plínio não é ganhar, mas sim passar sua mensagem e dar viabilidade ao seu partido.
O PT deve trabalhar para liquidar a fatura ainda no primeiro, pois há reais chances que isso venha acontecer, evitando surpresas desagradáveis no segundo.
(Pesquisa do DataFolha)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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