quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Desempenho de Dilma no Sul e Sudeste ameaça Serra

Sabendo da força de Dilma Rousseff (PT) no Nordeste, colégio eleitoral que soma 27,04% do eleitorado nacional, José Serra (PSDB) aposta no Sul e Sudeste para tentar chegar ao Palácio do Planalto. Essas duas regiões totalizam 58,49% do eleitorado (43,52% no Sudeste e 14,97% do Sul).

No entanto, a vantagem que Serra pretende conquistar no Sul e Sudeste não está se concretizando. Este é um dos fatores que ajuda a explicar a liderança de Dilma nas últimas pesquisas.

Dos quatro colégios eleitorais do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), Dilma lidera em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, enquanto Serra prevalece no Espírito Santo e São Paulo.

No Sudeste, a liderança de Dilma em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, que juntos somam 19,27%, praticamente anula a vantagem de Serra em São Paulo (22,40% do eleitorado). É por isso que os candidatos do PT e PSDB estão empatados com 35% das intenções de voto nessa região, segundo a pesquisa Ibope da última sexta-feira.

No Sul, Serra ainda está em vantagem. De acordo com o Ibope, o tucano tem 42% das intenções de voto contra 34% da petista. Porém, em comparação com a pesquisa da semana passada, Dilma vêem numa trajetória ascendente. Nesse período, Serra caiu de 46% para 42% e Dilma cresceu de 31% para 34%.

O crescimento de Dilma no Sul ocorre por conta do desempenho da candidata do PT no Rio Grande do Sul. Segundo o Ibope, a petista tem 42% contra 40% de Serra nesse Estado. No início de julho, o tucano tinha 46% contra 37% de Dilma.

Não é apenas no Rio Grande do Sul que Dilma Rousseff cresceu nessa região. Em Santa Catarina, ela passou de 30% para 34% enquanto Serra oscilou de 46% para 45%. No Paraná, o tucano lidera com 46%.

O desempenho positivo de Dilma no Sul e Sudeste, redutos mais críticos em relação ao governo federal e onde Serra esperava livrar uma vantagem considerável sobre sua adversária, e os números favoráveis a candidata do PT no Nordeste (46% a 27%) e Norte/Centro-Oeste (40% a 33%) são uma ameaça para o PSDB.

(Brasília em Tempo Real)

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