RIO - O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) acredita que o déficit de minério de ferro no mercado global está em torno de 90 milhões de toneladas anuais e que a situação só estará normalizada em 2013, com a entrada de novos projetos em operação. Para o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna, esse déficit aponta para uma tendência de alta dos preços do insumo nos próximos anos.
"O mercado transoceânico hoje é de cerca de 850 milhões de toneladas e só não houve déficit em 2008 e 2009 por causa da crise econômica global", frisou Camillo Penna, que participou de palestra na Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham), no Rio de Janeiro.
O executivo lembrou que no ano passado o Brasil respondeu por 26% do total de 630 milhões de toneladas importadas pela China, com 166 milhões de toneladas de minério de ferro vendidas para o país asiático.
Camillo Penna também projetou um saldo de US$ 18,5 bilhões para a balança comercial do setor mineral, o que equivaleria a 120% do total projetado para o saldo da balança comercial do país, que é de US$ 16 bilhões. No ano passado, o saldo comercial do setor mineral havia sido equivalente a 50% do total do superávit da balança comercial.
A estimativa do Ibram é de exportações de minério de US$ 25 bilhões, com importações de US$ 6,5 bilhões, das quais cerca de US$ 3 bilhões serão de fertilizantes.
(Rafael Rosas/Valor)
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