RIO - O diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, confirmou a intenção da empresa de criar a Vale Fertilizantes, que juntaria os ativos adquiridos da Bunge no Brasil com a Fosfertil. Essa nova companhia já nasceria listada em bolsa, uma vez que a Fosfertil tem capital aberto.
"Não queremos fechar o capital da Fosfertil", garantiu Agnelli, que participou de seminário promovido pela Standard & Poors nesta sexta-feira.
"É um desejo antigo de todos os acionistas, na época da Fosfertil, de fazer a junção com a Bunge. Há sinergias entre as duas empresas e isso é positivo para todos", acrescentou.
O executivo confirmou que o interesse da companhia tem como foco fosfato e potássio e que não há expectativas para entrada na área de fertilizantes nitrogenados, que necessitam de gás natural disponível para sua produção.
Ontem, a empresa lançou oficialmente a unidade de Bayóvar, no Peru, que tem capacidade anual de produção de 3,9 milhões de toneladas de fosfato, com possibilidade de expansão para até 7,9 milhões de toneladas.
"Todos os ativos de fertilizantes têm que estar focados para fazer investimentos", frisou Agnelli.
De acordo com o executivo da Vale ainda há indefinições sobre a renovação na concessão da mina de potássio de Taquari-Vassouras, em Sergipe. A posse da unidade é da Petrobras, que fez uma concessão das operações para a mineradora até 2017. Roger explicou que há três anos tenta definir com a estatal sobre a possibilidade de renovação, mas até agora não obteve resposta.
"Temos que definir rapidamente se vai ter renovação para aumentar a capacidade de Taquari-Vassouras", disse Agnelli, em referência à mina que produz 750 mil toneladas por ano.
(Rafael Rosas/Valor)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
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