quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sorri Parauapebas chega aos 14 anos ressocializando pessoas deficientes

Waldyr Silva

Harley, Dorineza e "Japão"

Ao se aproximar dos 14 anos de atividades no município, que ocorre em dezembro deste ano, a Sorri Parauapebas revela que, com muita dificuldade e apoio de parceiros, ao longo destes anos já inseriu no mercado de trabalho cerca de 300 pessoas com alguma deficiência.

De acordo com a atual gerente-administrativa da Sorri, Dorineza Bastos Sampaio de Sousa, a instituição trabalha com fins filantrópicos, educacionais, profissionais e inclusão social de pessoas com alguma deficiência física e mental, para inserção no mercado de trabalho.

Para desenvolver suas atividades, a Sorri Parauapebas conta com importantes parcerias com empresas privadas e públicas, entre estas a Prefeitura de Parauapebas, que contribui com R$ 120 mil por ano e cede servidores municipais, como assistente social, técnico-administrativo, merendeira, vigia e motorista.

Segundo Dorineza Bastos, a Sorri atende diariamente 268 usuários a partir de 14 anos com alguma deficiência auditiva, física, visual ou múltipla. Depois de preparados física, profissional e psicologicamente, boa parte desses usuários é colocada no mercado de trabalho em empresas privadas e públicas do município, nas chamadas redes de colaboradores da entidade.

A gerente da entidade informa ainda que, além das ações de educação e saúde, a Sorri Parauapebas realiza como lazer, durante o ano, os eventos Café Beneficente da Sorri, Festa Junina, Festival do Sorvete e Galinhada.

Harley Costa da Luz, cadeirante que há 10 anos vem aprendendo e colaborando com os demais usuários da instituição, lamenta que hoje boa parte da sociedade ainda tenha preconceito com pessoas portadoras de alguma deficiência. “Infelizmente, muitas pessoas esquecem que hoje estão sadias, livre para andar, mas não sabem o dia de amanhã”, observa Harley Costa, que é pintor de tela e desenhista.

Outra dificuldade que ele diz enfrentar diariamente em Parauapebas é quanto ao transporte público de passageiros, uma vez que este serviço na cidade é explorado por vans, e estas não dispõem de acesso para deficientes que usam cadeira de rodas.

Harley Costa reconhece que o atual governo municipal, com os serviços de revitalização das ruas do Comércio e 14, há dois anos, nivelou as calçadas desses locais públicos, facilitando o acesso de deficientes físicos e visuais, “mas a maioria das lojas não fez o mesmo”.

O técnico-administrativo Tutomu Ono, popularmente conhecido por “Japão”, cedido pela prefeitura para a Sorri Parauapebas, lembra que algumas repartições públicas e empresas particulares também já construíram acessos para deficientes físicos e visuais. (Waldyr Silva)

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