segunda-feira, 20 de julho de 2009

Caiu do Céu

Meteorito raro intriga cidade do Rio Grande do Sul

Publicada em 20/07/2009 às 10h27mClicRBS

PORTO ALEGRE - Ao aplicar veneno na lavoura de milho de sua propriedade, na zona rural de Arvorezinha, o agricultor Danilo de Oliveira, de Arvorezinha, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, se surpreendeu com o que encontrou pelo caminho, na quinta-feira. Caída no terreno, uma pedra pequena e pesada chamou sua atenção porque nunca havia estado ali. Geólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estiveram no local para realizar testes científicos e confirmaram: o fragmento é um raro meteorito.

O fragmento tem 50cm de comprimento, 40cm de largura e 24cm de altura e pesa 145 quilos, três vezes mais que uma pedra normal. O meteorito é do tipo Siderito e é considerado raro pelo fato de que apenas 5% dos fragmentos já registrados serem desta classe - este pode ser o quarto localizado no estado. Em todo o Brasil estão registrados 56 meteoritos, apenas 21 deste tipo.
" É provável que tenham outros e, por isso, os moradores devem ficar atentos. Este é um registro cientifico muito interessante "

Mas não é possível determinar a data da queda. Segundo o geólogo Antônio Pedro Viero, do Instituto de Geociências da Ufrgs, é provável que a rocha pertença ao núcleo de algum planeta. Antes de ser levado ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o meteorito vai passar por análises químicas no Canadá, cujo resultado vai ser publicado numa revista científica para registro oficial.
Este não é o primeiro meteorito encontrado no Vale do Taquari. Em 1937, a queda de um meteorito foi vista em Putinga, cidade a cerca de 20 quilômetros de Arvorezinha. O meteorito, de mais de 200 quilos, fez buracos profundos no solo e até hoje atrai curiosos ao município. Uma pequena parte do meteorito - apenas 1,7 quilo da pedra - encontra-se exposta no museu local: é o único fragmento recuperado pela prefeitura até hoje.

- É provável que tenham outros e, por isso, os moradores devem ficar atentos. Este é um registro cientifico muito interessante - diz o geólogo Ari Roisenberg, da Ufrgs, que também esteve na cidade.

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