RIO E SÃO PAULO - Um dia depois de virem à tona as conversas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o Bradesco, o presidente da Vale, Roger Agnelli, aportou na Previ para um encontro com Ricardo Flores, presidente do fundo de pensão. Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou um encontro na última sexta-feira entre Mantega e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, para discutir a sucessão na presidência da mineradora.
A notícia repercutiu logo cedo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde as ações da mineradora estiveram entre as maiores baixas do dia. No fim do pregão, os papéis ordinários (ON) da empresa registravam queda de 0,57% e os preferenciais (PN), de 0,41%, depois de caírem, ao longo do dia, até 0,81% e 0,83%, respectivamente. Isso em um dia em que o índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 1,33%.
A presença de Agnelli na Previ aumentou os rumores de que o executivo estaria buscando apoio, em meio a um bombardeio do governo para sua saída do cargo. Segundo fontes, ele não costuma ir à sede da fundação, que divide com a Bradespar o controle da Vale. Desde que Flores assumiu o comando da fundação, em junho do ano passado, essa seria a segunda ou terceira visita de Agnelli.
A ofensiva para retirar o executivo do comando da Vale ganhou fôlego nas últimas semanas, até mesmo dentro da Previ. Principal acionista da mineradora, o comando da fundação tem se mostrado preocupado em saber detalhes de como promover uma troca de cadeiras na diretoria. A mudança que a Previ pretende promover em suas vagas no conselho de administração da Vale também aponta nessa direção. Em abril, quando expiram mandatos de alguns conselheiros, a Previ pretende indicar Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do conselho de administração do Banco do Brasil (BB). O detalhe é que o banco não é acionista da mineradora. (Fonte: Estado de S. Paulo).
quarta-feira, 23 de março de 2011
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