
Segundo Nelson Medrado, no cruzamento da folha de pagamento da Alepa com a que era paga de fato pelo Banpará foi detectado o pagamento a maior para Elania Gomes. Em 2009, foram depositados na conta dela R$ 8 mil a mais que o total de seus vencimentos naquele ano, nos meses de março (R$ 4 mil) e abril (mais R$ 4 mil). Elania disse ao promotor que foi servidora da Alepa entre 2003 e 2011, como servidora comissionada, e afirmou lembrar de um pagamento a maior em sua conta, mas disse não recordar os meses. Ao promotor, ela alegou que, como não foi procurada por ninguém sobre o pagamento, não tomou qualquer providência.
No depoimento, Elania garantiu que trabalhava regularmente na Alepa, inicialmente no gabinete do deputado Faisal Salmen e posteriormente, com o deputado Junior Hage, onde ficou de 2007 até março de 2011. Elania também afirmou ao promotor que conhece Daura Hage e que chegou a trabalhar no mesmo gabinete que ela, mas que a mesma nunca lhe propôs fazer qualquer tipo de alteração em seu contracheque. Daura Hage é considerada pelo MPE como uma das principais cabeças do esquema que vazou milhões dos cofres da Alepa.
Assim que colher todos os depoimentos e checar as informações que ainda são necessárias, o promotor Nelson Medrado deverá ingressar na Justiça com a ação de improbidade contra Juvenil, para pedir o ressarcimento de mais de R$ 6 milhões desviados dos cofres públicos. Em fevereiro, o promotor ingressou com ação de ressarcimento por conta de fraudes na folha ocorridas entre 2003 e 2007, período em que o atual senador Mário Couto (PSDB) estava à frente da Alepa. (Fonte: O Liberal
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