sexta-feira, 23 de março de 2012

GROSSO E VAREJO

01) Walter Sá Leitão não desperdiçava uma parada quando o momento exigia uma boa resposta. Candidato a prefeito de Assu, passando pelo centro, encontrou um velho eleitor que lhe pediu dez cruzeiros. "Pois não amigo", disse Walter. Tirando da carteira dois cruzeiros, entregou ao pedinte. De repente, surgiu um garoto e repetiu a cena: "Seu Walter, me dê um cruzeiro!?". O político retirou da carteira uma nota de dez e entregou ao menino. O eleitor franziu a testa, reclamando: "Que é isso Walter? Eu pedi dez, você me deu dois. O menino lhe pediu um, você deu dez? "Votes"?!". Walter filosoficamente sacana respondeu: "Acontece amigo, que você não deixa eu fazer com sua mãe, o que eu faço com a dele".

02) Anos sessenta, um repórter atrevido perguntou ao deputado Djalma Marinho, o que ele achava da "pérola" do então governador Dinarte Mariz. "...todo homem tem seu preço...", Djalma econômico e reticente: "Concordo em parte. Quando a mercadoria é fraca e perecível, nem sei se vale a pena etiquetar".

03) O saudoso e grande líder do Seridó Manoel Torres, teve uma longa existência bafejado pelo número 15. Torres, veio ao mundo num dia 15. Na política abraçou e lutou sempre pelo número 15 (MDB). Tinha como seu melhor amigo e confidente "Quinzinho da farmácia". Depois de plantar muitas sementes e colher bons frutos, Manoel Torres foi chamado para o outro lado da vida, exatamente num dia 15. Não se discute os desígnios numerológicos de Deus.

04) A campanha chegava ao fim, e os deuses da vitória sorriam para o grande Zé Absalão, líder denominado "O pai dos pobres". Em ritmo de festa, Pendências de Cima e Pendências de Baixo, festejavam pra valer: "Viva Absalão! Viva Absalão!". Entre os vereadores do grupo, apenas um compadre do prefeito eleito não alcançou a vitória. Sebastião Vitorino foi à casa do líder e cabisbaixo, choramingou: "É compadre Absalão, gastei muito, lutei muito, nadei, nadei, e morri na praia!". O prefeito eleito olhou o infeliz, e sabendo o quanto ele era mão-de-vaca, recitou: "É compadre, meu pai já dizia: quem nasceu pra sofrer, geme, funga no cangote, mas não goza. Endureça o pescoço e tente mais uma vez...".

05) Essa não é de política nem de político, mas vale a pena ser contada. João Félix, natalense, velho lobo do mar, vive hoje no "Espaço Solidário" mantido pela paróquia de Mãe Luiza. Conta-nos "Seu João", que trabalhando no Iate Clube, certa vez, tentou ajudar um marujo estrangeiro. "Jogue a âncora!", gritou o bom João. O marujo aperriado respondeu: "I don't understand you!". "Jogue a âncora!", gritou de novo seu João, gesticulando. "I don't understand you!", repetiu o marinheiro, já meio tonto. "Do you speak english?", falou inesperadamente seu João. "Yes, I speak!", retrucou com um sorriso o marujo já contente. "Pois jogue a âncora, seu fdp!", gritou o velho João, morrendo de rir. Acontece que o "inglês" incipiente de João se resumia somente em "Do you speak english" e "Thank you". E nada mais.

06) Deputado federal norte-riograndense atual, um dos campeões de votos, fechou apoio com um prefeito, hoje afastado e deu tudo certo ou quase certo. Passada a euforia da vitória, o burgo-mestre oestano, encontrando-se com o político reeleito, falou: "Deputado, e aí? O senhor sempre foi legal comigo. Agora "quage" quarenta dias e nada do restante... Como é que é?". O maneiroso parlamentar, respondeu: "Ontem mesmo resolvi tudo. Mandei um e-mail pra você amigo!". O prefeito arregalando os olhos, indignou-se: ""Um-meio" uma porra! Eu quero é todo! "Nóis fechemo" foi por vinte mil...". Vícios da era da informática.

(Autor/Fonte: Valério Mesquita/Jornal Metropolitano).

Nota deste Blogger: Estou residindo em Parnamirim-RN, que fica ao lado de Natal.

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