terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eduardo Campos denuncia campanha fascista contra Dilma na reta final da campanha

Após encontro de governadores e senadores eleitos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), chamou de “fascista” a campanha contra a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) veiculada pela Internet. Vídeos e emails que circularam pela Internet antes do primeiro turno da eleição afirmavam que Dilma é favorável à legalização do aborto. A exploração do tema teria feito a candidata perder votos entre eleitores religiosos.

– É uma campanha fascista que tomou conta do Brasil nos últimos dez dias – disse Campos a jornalistas em frente ao Palácio do Alvorada.

Ele foi reeleito no domingo com 82% do votos. Campos afirmou que para enfrentar esses ataques a campanha e aliados vão discutir com o eleitor temas como emprego, desenvolvimento e saúde. Na reunião, Lula discutiu com governadores e senadores a estratégia do segundo turno. O deputado Ciro Gomes (PSB), ausente da campanha no primeiro turno, estava presente.

Dilma enfrenta o adversário tucano José Serra no dia 31 de outubro. Na segunda-feira, Dilma e o candidato a vice, Michel Temer (PMDB), também se reuniram com senadores e governadores eleitos para tratar da tática do segundo turno.

Novo apoio
Outro campeão de votos, desta vez no Estado de São Paulo, o deputado eleito Gabriel Chalita (PSB), aliou-se à Dilma na primeira hora para ajudá-la a superar a onda de mentiras que varre a internet nos últimos dias.

– A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas – afirmou o parlamentar eleito a jornalistas.

Chalita, ex-secretário de Educação no governo de Geraldo Alkmin (PSDB), explicou que, apesar de conservar muitos amigos tucanos, optou por Dilma porque não vê em Serra um líder digno de assumir a Presidência da República.

– Eu respeito muito a Dilma e outros nomes do PT. Dei a ela o que pude de sugestões, principalmente na área da educação. Por outro lado, tenho amizades no PSDB. Torci pela vitória do Antonio Anastasia, em Minas, e creio que o Geraldo Alckmin fará grande governo. Política é construir pontes, e eu fiz isso. O Serra tem qualidades. Mas, pessoalmente, não é um político que eu admire – concluiu. (Correio do Brasil)

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