quarta-feira, 11 de maio de 2011

MP agenda novos depoimentos sobre caso da AL

Deputados já consideram que onda de escândalos arranha imagem da casa (Foto: Antônio Silva/Agência Pará)

O promotor criminal Arnaldo Menezes, que comanda as investigações dos desvios de dinheiro na AL, retomará na próxima semana os depoimentos dos envolvidos no caso. Ontem (10), ele começou a fazer novas intimações, após uma pausa para avaliar documentos apreendidos.

De quarta-feira a sexta-feira da semana que vem depõem Sérgio Duboc, Rosana Castro e Domingos Juvenil. Na semana seguinte, será a vez de Róbson Nascimento, o “Robgol”, Milene Carneiro e Edmilson Campos.

DESVIOS E FRAUDE NA AL
Há três meses, a Assembleia Legislativa do Pará está mergulhada em uma das maiores crises de sua história. Desde que vieram à tona as denúncias de fraudes no setor de pessoal da casa, uma sucessão de denúncias têm surpreendido os paraenses e desgastado ainda mais a imagem dos políticos do Estado. Não é para menos. A AL está sob investigação do Ministério Público Estadual, da Polícia Civil, da Receita Federal e do Ministério Público Federal.

Entre as denúncias, a contratação de servidores fantasmas, inclusão de gratificações fictícias e suspeitas envolvendo a contratação de obras e serviços. Em um Estado pobre como o Pará, a fartura de dinheiro desviado tem provocado indignação.

“As pessoas estão acompanhando. Esse é um tema em debate”, diz o deputado petista Airton Faleiro sobre as fraudes. Ele conta que nas viagens ao interior e nos eventos de que participa em Belém, o questionamento que mais ouve é se as investigações vão ter algum resultado. “Há uma grande dúvida sobre se vai ter punições. As pessoas querem saber se há deputados envolvidos e por eu ser do PT, muita gente vem perguntar se há petistas envolvidos”, conta Faleiro, afirmando que, embora não tenha sido hostilizado pelos eleitores, sente que há “um desgaste do poder legislativo paraense”.

“Pela gravidade do que ocorreu e pela exposição do caso na mídia, não chegou a haver questionamentos na intensidade que eu imaginava, mas isso só aumenta a nossa responsabilidade de apurar tudo e dar satisfação à sociedade”, diz o líder do PSDB na AL, deputado José Megale, que defende a implantação de três medidas para estancar o escândalo: auditoria na folha de pessoal, recadastramento dos servidores e implantação o ponto eletrônico. “Não podemos deixar que o caso termine como o dos diplomas falsos, em que pouco foi feito”. (Fonte: DOL, com informações do Diário do Pará)

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