LIMA (Reuters) - A construtora brasileira Odebrecht prevê investir mais de 10 bilhões de dólares no Peru nos próximos cinco anos, principalmente em hidrelétricas que avalia financiar no mercado local, disse o diretor superintendente da unidade peruana, Jorge Barata.
Os planos de investimento da Odebrecht, que tem no Peru vários projetos, que vão desde os setores de energia e rodoviário até o portuário, são os mais ambiciosos de uma empresa estrangeira no país andino.
"Estamos falando nos próximos cinco anos (de investimentos de) mais de 10 bilhões de dólares", disse Barata à Reuters.
Segundo ele, a Odebrecht planeja construir três hidrelétricas no Peru -Chaglla, Cumba 4 e Chadin 2- com capacidades de geração de entre 400 e 825 megawatts.
A companhia já tem a concessão definitiva de Chaglla, que terá capacidade de 400 megawatts e exigirá um investimento de 900 milhões de dólares, explicou Barata.
A empresa também recebeu a concessão provisória de Cumba 4, de 825 megawatts, e de Chadin 2, de 600 megawatts, e está na etapa de estudos de viabilidade.
O executivo disse que o setor energético peruano tem um potencial elevado devido ao sólido crescimento econômico do país sul-americano.
Segundo analistas, a demanda de eletricidade cresce a um ritmo de 8 por cento ao ano no Peru, principalmente pela indústria de mineração, setor de grande importância para a economia do país.
"Há muito a fazer para abastecer o mercado local, o que estamos apostando justamente é desenvolver projetos que garantam isso antes de trabalhar para a exportação", disse Barata.
A Odebrecht também participa no Peru de um plano para a construção de um gasoduto de 1.045 quilômetros que levará o gás dos ricos campos de Camisea até a costa sul do país.
A empresa também deve entregar em novembro deste ano uma rodovia interoceânica que ligará o Peru e o Brasil.
(Reuters/Brasil Online)
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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