COMEÇA NESTE MÊS O PAGAMENTO DAS HORAS IN ITINERE

A partir do próximo mês (agosto) a Vale passa a pagar as horas in itinere aos trabalhadores no próprio contracheque, além de um passivo de 42 meses que será pago dentro dos próximos seis meses. Quem já estiver desligado da empresa receberá o retroativo depositado em juízo, através de homologação feita pelo SINDICATO METABASE CARAJÁS que, juntamente com o MPT moveu a ação, agora vitoriosa, em favor dos trabalhadores.

VALE COMEÇA A PAGAR AS HORAS IN ITINERE
A Vale começa a pagar as horas in itinere a partir do dia 20 de julho corrente.É o que ficou definido em audiência no Tribunal Regional da Oitava Região, em Belém, nesta data. Após 11 horas de debate foi homologado acordo assinado pela Desembargadora Dra. Francisca Oliveira Formigosa, presidente do TRT-8ª Região, pelo juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de Parauapebas, Dr. Jonatas dos Santos Andrade, por procuradores do trabalho e pelo Sr. Raimundo Nonato Alves de Amorim, o Macarrão, presidente do SINDICATO METABASE CARAJÁS.

TERCEIRIZADAS TAMBÉM DEVEM PAGAR
A negociação estabeleceu ainda que as empreiteiras contratadas pela Vale também estão obrigadas ao pagamento. A Vale se comprometeu a orientar essas empresas a incluírem em suas propostas e planilhas de custo com pessoal o pagamento das horas in itinere, e o compromisso de orientá-las no sentido de buscar a mesma conciliação com seus trabalhadores.

SINDICATO EXIGIU OBRAS - ESCOLAS
As multas impostas à Vale no processo serão revertidas diretamente em obras para as comunidades da região afetada. Assim a Vale se comprometeu a implantar, até março de 2012, uma unidade do Instituto Federal do Pará (antigo CEFET), visando a formação de mão de obra com cursos técnicos, inclusos aí a construção do prédio, compra de equipamentos e materiais para seu funcionamento. A mineradora implantará também uma Escola Modelo, de nível de ensino médio, com 80 bolsas para estudantes de Parauapebas, 40 para Canaã e 40 para Ourilândia.

CENTRO CULTURAL
Também até fevereiro de 2012 a empresa construirá um centro cultural em Parauapebas com capacidade para 200 pessoas. Com teatro, foyer, camarins individuais, dois camarins coletivos para 40 pessoas, salas de dança, de música, de áudio-visual e biblioteca com acervo próprio.

TRABALHADORES COMEMORAM
Macarrão, presidente do Sindicato Metabase, resume que “esta é uma grande vitória do trabalhador e do sindicato em favor da comunidade em geral. Com mais essa ação nossa o trabalhador passa a ter um ganho mensal que varia entre 7% e 16% do salário, conforme a distância, oportunidade de qualificação para ocupar as vagas existentes no mercado ou para buscar progressão profissional dentro de sua empresa; para o comércio o aumento de mais de um milhão de reais por mês lançado na praça, além do pagamento de 42 meses de retroativo das horas in itinere irá manter aquecidas as vendas, e para a comunidade a oferta de educação de qualidade, e oferta de cultura e lazer decentes de que Parauapebas ainda é tão carente”. (Metabase Carajás)